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O QUE É PARTICIPAÇÃO
(Raimundo da Silva Santos Júnior)

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O QUE É PARTICIPAÇÃO

Resumo de Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti)
sobre o Livro O que é Participação de
Juan R. Dias Bordenave


Esta análise crítica foi desenvolvida sobre o Livro O que é Participação, de Juan R. Dias Bordenave, que retrata sobre a urgente necessidade da participação ativa para a transformação da sociedade brasileira.
O autor utilizando-se da etimologia, atenta para o fato de que a palavra participação vem da palavra parte e destaca que participação é fazer parte, tomar parte ou ter parte. Apresenta como exemplo que podemos fazer parte da população do Brasil sem, contudo, tomarmos parte nas decisões importantes, e que alguém pode fazer parte de nossa empresa, mas não ter parte alguma no negócio.
Enfatiza que não há marginalidade, mas marginalização e que isso trás à tona uma nova atitude, não mais o de vítima do sistema, alimentado pelo paternalismo vigente e sim o de interventor ativo na construção de uma nova sociedade, o que é feito através de tomada de decisões e de atividades sociais em todos os níveis.
Neste ponto consideramos importante analisarmos como o dicionário da Língua Portuguesa Luft conceitua participação.
Participação: 1. fazer saber; informar; comunicar. 2. Tomar parte em; partilhar. 3. Associar-se pelo sentimento; compartilhar.
A riqueza de nossa língua pode ser fonte de alienação e pobreza por aqueles que se valem da cultura do silêncio. No contexto brasileiro é comum atribuir à participação o conceito de fazer saber, informar, comunicar. Nossa democracia ainda é representativa e como tal, nossos representantes não têm nenhum interesse em que façamos parte das discussões políticas e tão pouco de que participemos de tais decisões e da distribuição dos recursos produzidos. Para eles, informar é igual a participar. Sentem-se legitimados pelo voto ou nomeação a fazer o que bem entendem e apenas informar a comunidade de forma autoritária a respeito das decisões tomadas.
Caminhamos a passos lentos em direção a participação ativa. Ainda estamos bem distantes da autogestão, principalmente se considerarmos que o meio base das transformações sociais é a educação, principalmente através da escola e da universidade, e que estas instituições pouco tem feito uso de sua função emancipadora.
Não se pode efetivar o sonho de uma sociedade participativa, sem que saiamos de nossa zona de conforto, de seguridade funcional individual.
O bem comum tem que ser assumido e isso ocorre apenas quando se toma parte em, quando se partilha algo. Esse partilhar não se dá de maneira qualquer, é resultado de uma associação pelo sentimento, de ver o outro utilizando os recursos produzidos, é um compartilhar. Estes conceitos nos remetem para o verdadeiro objetivo da participação humanitária, a melhoria da qualidade de vida de todos. Todos participam na produção, todos participam no usufruto.
Para que isso aconteça e saiamos do estado de marginalização, é necessária uma faxina na alma, uma mudança de paradigma, respeitar o direito dos outros.
Estimular a participação para a transformação da realidade brasileira caracteriza-se uma responsabilidade social que deve ser assumida principalmente pelas escolas e universidades. Pois estas são sem dúvida as maiores formadoras de opinião. Se esperarmos que outras organizações assumam esse papel, podemos continuar no aguardo da realização desse sonho, no entanto, se assumirmos a postura que nos é devida, de formadores e condutores da sociedade, podemos participar coletivamente da construção de uma sociedade mais justa.



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