MULHERES DA ARÁBIA SAUDITA TENTAM O SUICÍDIO.
(AE)
Proibidas de dirigir e submetidas a limitações para viajar, trabalhar e estudar, além de segruegadas dos homens, muitas mulheres da Arábia Saudita tentam o suicídio. Os clérigos exigem a separação total entre homens e mulheres. Essas são vítimas de atos de violências Um dos exemplos mais recentes de opressão feminina na Arábia Saudita aconteceu em novembro de 2007. Uma garota de 19 anos, seqëstrada e currada por sete homens, acabou condenada a 200 chibatadas e seis meses de prisão. O fato provocou reação internacional de entidades em defesa dos direitos humanos, e de vários governos. O rei saudita Abdullah, pressionado pela opinião pública internacional, acabou perdoando a moça, numa medida que parecia uma crítica dura aos clérigos da vertente Wahhabi do islamismo (de linha dura), que dominam o Judiciário do país. O suicídio é banido pela Sharia - lei islâmica - e, por isso, os hospitais suditas, costumam registrá-lo como "uso errado de remédio", o que faz esse tipo de caso aparecer menos nas estatísticas. Um raro estudo de 2006 sobre as suicidas sobreviventes, feito pela pesquisadora Salwa al-Khatib, da Universidade Rei Saud (Arábia Saudita), descobriu que,d de cem tentativas, 96 eram de mulheres. Entre outras coisas,Salwa afirma que "Os homens, criados como superiores, acabam menosprezando as mulheres. Eles adotam uma personalidade agressiva para mostrar o poder que têm." Os casamentos forçados são outro fator para a depressão das jovens. Geralmente, somente mulheres da classe alta podem casar com um parceiro de sua escolha. O mesmo ocorre no uso de roupas menos fechadas, participação na política e cultura, ou ainda em jogos esportivos.Fonte: jornal "O SUL" - caderno de reportagem, 24 de janeiro de 2008.
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