A escrita na Internet
(L.Belmonte)
Há mais ou menos dois anos, li um trabalho desenvolvido por uma equipe de pesquisadores, universitários brasileiros, a respeito da forma como os internautas escrevem suas mensagens em e-mails, Orkut (ou será Yogurt?...), MSN, etc. Duas coisas me chamam a atenção, nesse trabalho:
1 – Correndo o risco de parecer muito chato, não acredito que a humanidade seria exposta ao perigo de extinção, sequer sofreria algum dano, se as conclusões atingidas nesse trabalho não tivessem sido “descobertas” e divulgadas. Não pretendo ser prepotente nem omisso, mas acho “politicamente incorreto” uma equipe universitária gastar meses numa pesquisa que demonstra o “obvio ululante”, que descreve e tenta explicar o que já estamos carecas de presenciar diariamente (careca é só uma forma de expressão, principalmente no meu caso...) enquanto tsunames destroem países inteiros, terroristas explodem cidades e impedem a posse de governos democraticamente eleitos, e os políticos adquirem pastas, valises e cuecas para o transporte de dólares. Em resumo, eu vejo diariamente bilhões de assuntos muito mais urgentes, necessários e interessantes, do que a forma e maneira de adolescentes “conversarem” pela Internet, mesmo porque isso deveria ser tratado como um novo idioma virtual cibernético. Ou alguém acredita sinceramente que uma redação escolar ou uma carta comercial serão, um dia, escritas no formato dos textos internáuticos, com o “porque” grafado como “pq”, “beleza” grafada como “blz” ou uma piada descrita como “dois pontos, travessão, fecha parênteses” — :-)?
2 – Esse trabalho resultou incompleto, já que deixou de citar os costumes mais nojentos e criminosos do universo cibernético: a pornografia e, enfaticamente, a pedofilia. Infelizmente, é fato já comprovado estatisticamente que 72% dos internautas participantes de grupos de discussão, blogs e outros fóruns, acessaram pela primeira vez a Internet à procura de sites pornográficos, pedófilos, ou páginas que distribuem cracks para programas pirateados (que, afinal, acabam direcionadas para uma página pornográfica), terminando por acessar acidentalmente algum fórum de discussão (ou news). Como se pode notar, existem assuntos muito mais urgentes e importantes para pesquisas, do que o bate-papo pela Internet.
Reforma ortográfica
De fato, a reforma ortográfica proposta nesse texto é uma providência que já deveria estar sendo adotada pelos governantes, concordam? E, aproveitando a deixa, aqui vai a minha sugestão para enriquecer este trabalho: que tal escrever como se fala? Ou melhor, “iscrevecomusifala”? Taí mais uma medida de economia! Os teclados não necessitariam mais da barra de espaços... :-)
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