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A Cuba que eu vi (7)
(Maria Truccolo)

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O índice de desemprego em Cuba é de 1% a 2%. Em um país que não possui quase indústrias, a forma de reduzir ao máximo a ociosidade é o emprego de um número maior de trabalhadores do que seria necessário para cada tipo de operação. Nos hotéis e nas ruas, uns operam e outros ficam parados, olhando, sem se saber qual sua serventia. Em uma rua do centro velho de Havana mais de dez trabalhadores trocavam uma bola de aço, daquelas para divisão entre locais de trânsito e de pedestres. No Brasil, seriam apenas dois trabalhadores. Na fábrica de charutos Partagas, 750 funcionários trabalham nas diversas etapas de produção dos "puros" de várias marcas. Cohiba, Romeo y Julieta, Monte Cristo, Partagas e outros são feitos de várias partes da mesma planta, que dá o nome ao charuto. O cultivo de cada tipo dessas plantas é feito em regiões diversas. No centro velho de Havana, a fábrica Partagas produz entre 20 mil e 25 mil unidades diárias (de 26,6 a 33,3 unidades por trabalhador, com jornada das sete da manhã às três da tarde). Cada funcionário ganha dois charutos, ao final do expediente. Na venda do produto chegam a ganhar um salário mensal em um só dia, pois a unidade do "puro" custa entre US$ 5 e US$ 25 – o salário máximo é de 300 pesos cubanos ou cerca de US$ 12. O governo, no entanto, desencoraja os turistas a comprarem "puros" nas ruas, devido ao perigo da falsificação. Cuba exporta charutos para todo o mundo, "menos para os Estados Unidos", garantiu a monitora da visita. É proibido fotografar as linhas de produção, e o ingresso custa US$ 10. Os trabalhadores operam sem qualquer proteção, aspirando pó de fumo durante toda a jornada. Dentro da fábrica, fundada em 1845, há uma escola de torcedores (juntam, comprimem e retorcem as folhas para fazer os charutos), que recruta jovens de 18 anos. Segundo a monitora, a procura por colocação é bastante grande. Na fábrica de rum "Legendário", o número de trabalhadores também é superior ao necessário. No local há uma loja que vende a garrafa do Elixir de Cuba (rum sete anos) por US$ 12, mas funcionários da empresa chamam os turistas a um canto e oferecem a garrafa por US$ 7 - que em lojas de rua, sai por US$ 4. Enquanto isso, a renda insuficiente para as novas demandas faz com que Che, efígie da moeda de um peso cubano, vire objeto de troca. Cubanos oferecem o dinheiro por US$ 1 (um peso conversível), o que já parece um Che atualizado e com outras ambições, sobrevivendo a Fidel. (fim)



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