A Evolução do Pensamento Geográfico - I
(Jones Godinho)
Os primeiros registros de conhecimentos geográficos se encontram em relatos de viajantes, como o grego Heródoto, no século V a.C. A percepção dos gregos sobre a Terra era bastante avançada, e filósofos como Pitágoras e Aristóteles acreditavam que ela tinha a forma esférica. No século III a.C., Erastóstenes de Cirene, na Geographica, primeira obra a usar a palavra geografia no título, calculou a circunferência da Terra com assombrosa aproximação. Posteriormente, o geógrafo e historiador grego Strabo compilou todo o conhecimento clássico sobre geografia numa obra de 17 volumes sobre a época de Cristo, que se tornou a única referência sobre obras gregas e romanas desaparecidas. Outra importante contribuição, apesar dos erros que seus estudos apresentavam, foi a do astrônomo e geógrafo Ptolomeu, do século II da era cristã. Com a queda do Império Romano no Ocidente, o conhecimento geográfico greco-romano perdeu-se na Europa, mas, durante os séculos XI e XII foi preservado, revisto e ampliado por geógrafos árabes. As adições e correções que estes fizeram, no entanto, foram ignoradas pelos pensadores europeus que, na época das cruzadas, retomaram as primeiras teorias. Assim, os erros de Ptolomeu se perpetuaram no Ocidente até que as viagens realizadas dos séculos XV e XVI começaram a reabastecer a Europa de informações mais detalhadas e precisas sobre o resto do mundo. Em 1570, o cartógrafo flamengo Abraham Ortelius organizou vários mapas sob a forma de livro, no primeiro Atlas de que se tem notícia.
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