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Escalas Cartográficas
(Jones Godinho)

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A escala cartográfica é a relação matemática entre as distâncias traçadas em um mapa e as existentes na natureza. O mapa é a representação geométrica, sobre um plano, de uma porção de superfície terrestre. Uma vez fornecidos os dados necessários pela geodésia (distâncias, direções e relevo), tais valores são reproduzidos em mapa por meio de desenho, o qual mantém a relação constante e rigorosa entre as distâncias traçadas no mapa e as extensões correspondentes na natureza. Para isso, usam-se escalas. A indicação da escala de um mapa é direta quando feita junto à legenda, por expressão numérica ou gráfica, e indireta, quando essa mesma relação é estabelecida por elementos de grandeza conhecida. As escalas podem ser: (1) numéricas; (2) gráficas; (3) de declividades; e (4) de cores. Escala numérica. Expressa por fração (1/2.000) ou por razão (1:2.000), a escala numérica significa, de acordo com o exemplo, que a unidade de comprimento, no numerador, ou no primeiro membro, vale duas mil vezes essa mesma unidade no terreno. Para tanto, é preciso conhecer o valor em metros, correspondente a um centímetro ou um milímetro da régua graduada aplicada sobre o mapa. Basta cortar as duas ou três últimas casas do denominador dentro da razão. Exemplo: 1/2.000 indica que um milímetro da régua corresponde a dois metros no terreno. As escalas numéricas podem representar relações típicas pela simples variação dos valores expressos: a indicação 10/1 ou 10:1 é uma escala de maior proporção, indicando que a medida sobre o desenho ou fotografia é dez vezes o tamanho do objeto. Já a indicação 1/1 ou 1:1 é a escala natural, em que a medida do desenho é igual à do objeto representado "em tamanho natural". Por fim, a indicação 1/10 ou 1:10 é a uma escala de menor proporção, do tipo usado na confecção de mapas. Não é costume utilizar uma escala numérica de superfície para a avaliação de áreas em mapas. Mas, se for usada, deve-se saber que a escala de superfície de um mapa é a escala linear ao quadrado. Exemplo: 1:5.000 linear é 1:5.0002 de superfície, isto é, um quadrado no mapa representa 25 milhões de quadrados idênticos no terreno. A escala numérica para altitudes seria a escala linear do mapa. Mas, como o relevo (a terceira dimensão) é imensurável no mapa, por ser apenas figurado por meios gráficos, o processo torna-se inaplicável. Assim, em plantas e cartas topográficas encontra-se por vezes, junto à legenda expressa em números, a indicação da eqüidistância das curvas de nível, o que permite avaliar facilmente altitudes e declives. Escala gráfica. As escalas gráficas exprimem com desenho a relação mapa-natureza e, com freqüência, são empregadas junto com a escala numérica. Sua vantagem decorre da fácil e imediata leitura, o que permite a determinação da distância por comparação ao longo da escala desenhada, obtendo-se o resultado rapidamente, sem necessidade de cálculo. Vantagem adicional da escala gráfica é o fato de acompanhar as eventuais reduções ou ampliações do mapa, conservando a razão da escala, o que não ocorre com a escala numérica. A escala gráfica simples é uma reta dividida em unidades na razão da escala. Gradua-se a reta, a partir do ponto zero, com uma unidade básica maior para a esquerda, e para a direita marca-se a mesma unidade básica maior tantas vezes quantas forem suficientes. A unidade da esquerda chama-se talão ou extensão e acha-se subdividida em unidades menores. Nas escalas gráficas, o resultado depende do cuidado e prática da operação de leitura e, esta, da finura da graduação. Nas cartas topográficas, especialmente as elaboradas pelas forças armadas, encontra-se uma escala gráfica pertencente à classe das escalas de conversão ou binárias. É a escala de passos que, de um lado da reta, tem uma graduação métrica e, do outro, uma graduação em unidades de passos. A posição oposta das duas graduações ao longo da meta permite avaliar o número de metros para determinado número de passos e vice-versa. A distância conhecida é tomada numa tira de papel ou no compasso de ponta-seca e lê-se o valor correspondente em unidades da escala oposta ao longo do tronco e do talão, da mesma maneira como se procede com a escala gráfica simples. Outro tipo de escala gráfica é o da composta ou de deformações. A projeção cartográfica empregada na construção da rede de coordenadas geográficas (meridianos e paralelos) no plano provoca deformações lineares nos mapas geográficos. A escala composta é apresentada num conjunto em que são indicadas com exatidão as escalas de latitudes escolhidas, a primeira relativa ao equador. A ligação dos valores iguais das graduações das escalas forma uma série de curvas que permitem determinar graficamente o valor de distâncias em qualquer latitude. Nos Atlas escolares empregam-se figuras geométricas, como o quadrado da área conhecida, desenhada, na escala linear, num canto do mapa. É costume incluir nos mapas de origem européia o desenho esquemático do próprio país, na escala do mapa, o que permite obter imediata idéia da grandeza de outras terras mediante simples comparação visual.



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