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Biografia de Mario de Andrade
(Valquiria Rumor ; Mario de Andrade)

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Um dos mais significativos
talentos da literatura, Mário Raul de Morais Andrade (sendo a principal
figura do movimento modernista, por ter lido, provavelmente a primeira
versão de “A Escrava Que Não Era Isaura”, na escadaria do Teatro
Municipal em algum intervalo da Semana da Arte Moderna, foi considerado,
tempos depois como o “Papa do Modernismo”), produziu textos em praticamente
todos os gêneros literários, abrangendo várias formas de criação
literária e ensaios sobre música, pintura, desenho, escultura e folclore.
Mário ainda foi poeta, contista (com uma visão bem original), romancista,
crítico (dos mais sérios) de arte e de literatura. As características
mais marcantes de suas obras são a diversidade pioneira e o engajamento.
Ele detestava o
uso do dialeto padronizado e acreditava que abrir nossa literatura para
a diversidade lingüística brasileira era fundamental para dar efetiva
autonomia à nossa expressão literária.
Seu primeiro livro
publicado foi “Há Uma Gota De Sangue Em Cada Poema” em 1917, inspirado
na Primeira Guerra Mundial. E seu primeiro poema, “Paulicéia Desvairada”,
foi o que inaugurou a Primeira fase do Modernismo.
Sua vida literária
pode ser classificada em três fases:
Na primeira fase
ocorre o delírio modernista com “Paulicéia Desvairada”. Fase com
tendência a guerra, agressiva, irreverente, que parte para uma nova
teoria sobre a arte moderna. Teorias que aparecem em: “A Escrava Que
Não Era Isaura”, “Paulicéia Desvairada” e “Losango Cáqui”.
O autor começa
a descobrir o país e então começa a sua segunda fase. Suas obras
possuem um nacionalismo original e muito folclore. “Macunaíma”
(história do anti-herói, Macunaíma, que ganhou de sua mulher uma
amuleto, Pietro Pietra o rouba e foge para São Paulo. Macunaíma vai
atrás do amuleto e depois de muitas aventuras recupera seu presente,
porém perde-o. Começa a ser perseguido por uma minhoca gigante, percorrendo
todo o Brasil, até que um dia resolve subir ao céu e se transforma
na constelação da Ursa Maior – complexa esta história, não? Não,
é Mário de Andrade!), “O Clã do Jabuti” e “Ensaio Sobre a Música
Brasileira”.
Mário de Andrade
começa a meditar e abandona suas características anteriores, inaugurando
a sua terceira fase com “Remate dos Males”. As duas etapas anteriores
têm uma criação individual, amadurecida, tom inconfundível.
Nesta ele se utiliza
mais da ficção, através de contos como “Belazarte” e “Contos
Novos” (uma coletânea de vários contos como “Vestido de Preto”,
“O Ladrão”, “O Poço”, “O Peru de Natal”, entre outros).
Dotado de extraordinária
capacidade de trabalho, aceitou sucessiva e, por vezes, simultaneamente
cargos de grande responsabilidade ligados a problemas culturais, tais
como: Diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de
São Paulo, no qual criou os parques infantis, criou a lei que organizou
o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a serviço
do qual efetuou em 1936, o tombamento dos monumentos históricos paulistas;
fundou, em 1937, a Sociedade de Etnografia e Folclore de São Paulo;
foi um dos organizadores do Primeiro Congresso de Língua Nacional Cantada;
lecionou estética na Universidade do Distrito Federal (1938); e trabalhou
no projeto da “Enciclopédia Brasileira” (na qualidade de alto funcionário
do Instituto Nacional do Livro).
Se afastou de todos estes
cargos públicos, e se mudou para o Rio de Janeiro por motivos políticos.
Destacava São Paulo em suas obras. Mário nunca se casou. Se apaixonou
perdidamente por quatro mulheres, entre elas, Tarsila do Amaral, que
se casou com seu grande amigo, Oswald de Andrade. Anita Malfatti também
era uma grande amiga sua. Morreu com 51 anos, em 25 de fevereiro de
1945, de enfarte do miocárdio em sua casa em São Paulo, na Rua Lopes
Chaves, envergonhado, pois “nem sabia quem foi ‘Lopes Chaves’”.



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