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A SITUAÇÃO NO ZIMBABWE
(José Ribeiro in Jornal de Angola)

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O Zimbabwe parece estar à beira de uma crise pós-eleitoral, mais uma em África, que se vem somar às de Angola, RDC, Côte d’Ivoire e muito recentemente à do Quénia, o que levanta receios legítimos de um agravamento da situação naquele país da SADC.Para compreender o que se passa no Zimbabwe, nada como rever o ciclo de acontecimentos.Os zimbabweanos foram às urnas no domingo 30 de Março. No mesmo dia, a oposição reunida à volta do MDC, de Tsivangirai, que efectuou uma contagem dos votos paralela à comissão eleitoral, reivindicou a vitória, sem esperar pelos dados oficiais, e acusou a comissão eleitoral de atrasar o anúncio para truncar os resultados a favor de Robert Mugabe. Na quarta--feira, data prevista pela lei zimbabweana para o anúncio dos resultados eleitorais, a comissão eleitoral apresentou os dados correctos, como lhe cabia. Com isso, ficou a saber-se que a ZANU-PF, de Mugabe, perdeu a maioria no Parlamento, ao obter 97 lugares de um total de 210, contra 103 do MDC, de Morgan Tsvangirai. No Senado, os dois partidos registaram um empate, obtendo cada um 30 dos 60 lugares da câmara alta.Na sexta-feira, o secretário para a administração da ZANU-PF anunciou que iria pedir uma recontagem dos votos em “16 ou mais” circunscrições, argumentando que tinham sido detectadas irregularidades. No mesmo dia, o bureau político do partido anunciou que Robert Mugabe iria a uma segunda volta nas presidenciais caso nenhum dos candidatos obtivesse 50% dos votos.Tanto o anúncio prematuro de vitória pelo MDC, como o facto de a comissão eleitoral não ter divulgado até ontem os resultados das presidenciais, e a hipótese de uma derrota de Robert Mugabe estão a criar o mau clima no Zimbabwe, que é acompanhado por pressões internacionais e por uma campanha nunca vista. Ontem, Morgan Tsivangirai proclamou-se vencedor das presidenciais zimbabweanas e apelou ao Presidente Robert Mugabe ao diálogo de forma a assegurar “uma transição pacífica”. Um representante de Mugabe advertira antes a oposição de que uma tal reivindicação, sem a confirmação da comissão eleitoral, significaria “um golpe de Estado”. Horas depois, a televisão pública do Zimbabwe fazia eco de uma investida de antigos combatentes da guerra da independência do Zimbabwe contra uma fazenda de agricultores brancos...A crise interna no Zimbabwe, com ligações a promessas não cumpridas pela antiga potência colonial, a Grã-Bretanha, agravou-se desde que a Commonwealth e a União Europeia decidiram impor sanções ao país, depois de o Governo zimbabweano ter decidido expulsar os fazendeiros brancos das terras que ocupavam e de praticar actos de repressão contra a oposição e a imprensa.A fim de facilitar uma solução para a crise, a SADC entregou ao Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, uma iniciativa de mediação que não registou qualquer avanço palpável até hoje. O tom dado pelo Presidente sul-africano à sua mediação pode ser avaliado pela importância que deu ontem aos acontecimentos, quando afirmou que a situação ainda é “gerível”, depois de a oposição ter feito apelo a uma intervenção da comunidade internacional a fim de evitar um “banho de sangue”. Resta aguardar.



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