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Senhora - 1ª Parte.
(José de Alencar)

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Publicado em 1875, esta é uma das mais famosas histórias escritas por José de Alencar, o mestre do romantismo urbano brasileiro. Retrata com perfeição o cotidiano da sociedade da corte no Brasil imperial, quando o Rio de Janeiro era a capital da monarquia no país.
Uma trama que gira em torno de amor e interesse, e que com extrema facilidade poderia ser transposta para os dias atuais, demosntrando que apesar da sociedade estar sempre sofrendo mudanças, certos valores, especialmente os financeiros, continuam inalterados, tecendo uma crítica mordaz e inteligente aos seus costumes mais hipócritas e mesquinhos.

O Autor em seu prefácio, afirma ser esta uma história verdadeira, tendo este somente ficado a cargo de narrá-la e “dar-lhe lavor literário”, para assim, levar ao conhecimento público a história de uma mulher de aguçada inteligência e firmes convicções, um exemplar que já era raro nesta época, século XIX, que dirá nos dias atuais.
Uma envolvente e diferente história de amor, contada pela bela, rebuscada e elaborada narrativa do monstro sagrado da literatura brasileira, José de Alencar.
Aurélia Camargo, era uma linda e altiva órfã de 18 anos, que havia sido catapultada da pobreza para a riqueza recentemente, por conta de uma herança deixada por seu avô paterno, a quem tivera pouco contato. Aurélia causava sensação nos eventos da corte carioca, causando a cobiça e admiração dos homens e a inveja e o despeito das mulheres.
Repleta de admiradores e pretendentes, Aurélia os descartava um a um, pois amargurada por uma desilusão amorosa, só conseguia vislumbrar interesses financeiros nas investidas que lhe eram oferecidas.
Aurélia vivia numa chácara no bairro das Laranjeiras, juntamente com criados e sua acompanhante, D. Firmina Mascarenhas, uma velha parenta distante. Tinha como tutor nomeado, um tio, chamado Lemos. Moça fina e educada, possuidora de uma sagacidade difícil de ser encontrada em alguém com tão pouca idade.
Certo dia, um reencontro em um baile, com seu antigo amor, Fernando Seixas, agora comprometido em casamento com Adelaide Amaral, reacendeu todas as mágoas de um amor rejeitado, e a fez tramar uma cruel vingança.
Convocou seu tio Lemos e o incumbíu de afastar Adelaide de Fernando, o instruíndo a oferecer um dote ao pai da noiva para que esta se case com uma rapaz que era realmente apaixonado por ela, Dr. Torquato Ribeiro, que foi preterido pelo pai da moça por ser pobre.
Também ordenou que este oferecesse uma vultuosa quantia a título de dote, para Fernando, sem que lhe revelasse, portante, a verdadeira identidade da noiva.
Fernando, jornalista, vivia com sua mãe e duas irmãs, que se sustentavam fazendo trabalhos manuais e com uma renda deixada pelo falecido pai, aplicada no banco.
Fernando, apesar de pobre, era sucumbido pelas ilusões da corte, e gastava todo o seu ordenado tentando manter um ilusório padrão de vida, para poder mesmo que de forma improvisada participar de um mundo a que ele não pertencia. Achava que um casamento o poderia tirar da pobreza e inserí-lo na vida social que sempre almejou.
Fora pego de surpresa pelas duas notícias, a do cancelamento de seu casamento com Adelaide, e o oferecimento em casamento de uma dama misteriosa, por um dote de valor elevado.
Estava inclinado a não aceitar a proposta, porém, um fator foi decisivo para que assumisse o compromisso:
Para manter seu fictício padrão de vida, foi retirando aos poucos dinheiro da pequena aplicação de sua família, sempre achando que mais a frenta as reporia, até que acabou por terminar com todo o dinheiro que lá estava aplicado. A parte relativa ao rendimento, que dava todo o mês a sua mãe, era extraído de seu salário, e assim, Fernando ia equilibrando o rombo que dera.
Até que, sua irmã recebeu uma proposta de casamento, e precisou de parte deste dinheiro para comprar seu enxoval.
Pressionado por esta dificuldade financeira, Fernando foi obrigado aceitar a proposta de casamento da dama oculta, mas para isso, solicitou parte do dote adiantado.
Finalmente chegara o dia em que iria conhecer sua noiva, e para sua surpresa, esta era Aurélia Camargo, a mulher que sempre amara, mas havia deixado para se casar com outra que lhe oferecera um dote.
A notícia do casamento de Aurélia caiu como uma bomba na corte, despertando decepção nos homens e fofocas pela parte das mulheres.
Após a cerimônia de casamento, Aurélia, aproveitando a presença de um tabelião, e estranhamente, aproveitou para sacramentar seu testamento.Durante a noite de núpcias, Aurélia entregou a Fernando o restante do valor combinado pelo dote, e lhe deixou bem claro que sua intenção era tão meramente comprá-lo, uma vez que seu amor havia morrido no momento que este a havia abandonado, e tudo alí não passava de negócios, já que esta precisava de um marido.
Aurélia, para demonstrar a Fernando sua mágoa e seu desamor, retrocedeu aos seus tempos de menina, quando era pobre, e dispensou um pretendente rico, para se casar com Fernando, pois o amava, e Fernando desfez o casamento por outra, Adelaide, que lhe oferecera um dote, largando-a com mãe doente em casa.
Logo em seguida sua mãe morrera, sendo apoiada somente pelo Dr. Torquato Ribeiro, e seu pretendente preterido, Eduardo Abreu, que arcara com as despesas do funeral. Sozinha no mundo, fora acolhida pela sua parenta distante, D. Firmina Mascarenhas, e meses depois, ficara sabendo da morte de seu avô paterno, um rico fazendeiro, que havia lhe deixado uma fortuna como herança.CONTINUA....Link para a segunda parte:http://pt.shvoong.com/books/historical-novel/1801753-senhora-2%C2%AA-parte/
Meus outros resumos:http://pt.shvoong.com/writers/rcorreas/



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