Amor ou compaixão
(Nanny Del Castro)
Diante de tanta violência no mundo, a sociedade indaga o que seria necessário para se evitar tragédias como essas últimas, veiculadas nos jornais brasileiros e internacionais, sobre a menor Lucélia, de Goiania, Estado de Goiás, que foi mantida em cárcere privado e torturada por uma empresária, sem contar o assassinato da menina de seis anos, Izabela, jogada do sexto andar de um prédio na cidade de São Paulo. Os pais, bem como todos cidadãos de bem do Brasil, em comoção, repudiaram o crime contra a pequena Izabela, que se sentia "segura", na companhia do seu pai, o que é natural.[BR]Todo ser humano, por excelência, deveria naturalmente exalar amor. E quando não tivesse o amor, a compaixão seria a saída para esses sentimentos menores. Explico. O amor dispensa comentários, eis que quem o vive em sua plenitude não prejudica ninguém, não ataca, não ofende, não tripudia, não mata. Aliás, quem vive a máxima cristã de amar ao próximo como a si mesmo, não comete crime algum. E se não existe o amor, a compaixão é necessária, pois, quem tem compaixão pelo seu próximo não o sacrifica. [BR]O grande Dalai Lama já dizia: " o apego é cheio de parcialidade. O amor e a compaixão são imparciais".[BR]Quem não tem amor, mas tem compaixão não atenta contra outro ser humano. Pode feri-lo em seu patrimônio, jamais ofendê-lo em sua integridade física. Quem tem compaixão sofre com a dor do outro; sente dó, piedade. A compaixão desperta o pesar que a infelicidade, a dor, o mal de outrem causa.[BR]É por issso que, quando falta o amor, o sentimento de compaixão é vital, caso contrário, o indivíduo, na hora de desespero, descontrole emocional, dificuldade financeira, frustrações, embrutece e age irracionalmente. Não existe, nessas horas, relação de afinidade, responsabilidade, sentimentos. [BR]O sujeito sem compaixão é vazio de piedade e age cruelmente.
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