AS DIVERGÊNCIAS DO QUÉNIA
(J. DE ANGOLA)
A situação está a deixar a comunidade internacional preocupada, pois já decorreu tempo suficiente para se concretizar o que está previsto no acordo assinado por Kibaki e Odinga para a formação de um Governo de coligação, um documento conseguido com a mediação do ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan.Em negociações, é necessário que as partes saibam flexibilizar, e evitar que se chegue a posições extremas que em nada ajudam a resolver os problemas. Negociar é um exercício de saber dar e receber. Não se dá tudo, mas também não se recebe tudo.O Quénia, pela sua posição geográfica, precisa de estabilidade política, para contribuir para o desenvolvimento económico de países vizinhos, e esta estabilidade tem de passar, pela superação das actuais divergências entre o Governo e a oposição.Os políticos quenianos terão de colocar os interesses da sua Nação acima das suas contradições de natureza partidária, se quiserem chegar a um entendimento que os leve a constituir um Governo de coligação, que enverede pela promoção da unidade e da reconciliação nacional no Quénia. Quer o Governo, quer a oposição, no Quénia, devem estar disponíveis para o diálogo, sejam quais forem as suas divergências, a fim de se encontrarem as melhores soluções para o processo de pacificação do país. Os políticos quenianos devem ter consciência de que o povo do seu país espera deles, depois da crise pós-eleitoral que causou muitas centenas de mortos e destruições, uma postura que consiga contornar as suas diferenças. A hora é de unidade, de reconciliação, na perspectiva de todos caminharem para a construção de um Quénia de paz e de progresso, que venha de novo a ser um bom exemplo para outros países africanos, em termos de crescimento económico.
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