Naná
(Émile Zola)
Naná descreve a
trajetória da filha de uma lavadeira que corrompida na
adolescência, transforma-se na mais poderosa cortesã do
Segundo Império francês. Escrito em 1880, provavelmente
este seja o romance mais popular de Émile Zola, e um dos
perfis de mulher mais explorados pelo cinema e pela literatura. Então
Naná tornou-se uma mulher elegante, usufrutuária da
estupidez e da imundície dos homens, marquesa do asfalto das
ruas. Aquilo foi uma subida brusca e definitiva, uma subida na
celebridade da galantaria, ostentando às claras as loucuras do
dinheiro e as audácias lamacentas da beleza. Imperou,
imediatamente, entre as mais queridas. As suas fotografias eram
expostas nas vitrinas, citavam-na nos jornais. Quando passava, de
carruagem, nos bulevares, a multidão voltava-se e nomeava-a
com a emoção de um povo que saúda a sua
soberana, enquanto ela, familiar, reclinada nos seus trajes
flutuantes, sorria com ar alegre, sob a chuva do frisado loiro de
seus cabelos, que lhe afogavam o azul bistrado dos olhos e o vermelho
pintado dos lábios. E o prodígio foi que aquela jovem
gorda, tão desastrada em cena, tão engraçada
quando queria fazer-se de mulher honesta, representava na cidade, sem
esforço, o papel de mulher encantadora.
Resumos Relacionados
- A Beleza De Uma Mulher
- Frases Sobre, Dia Das Mulheres
- Parabéns A Você Mulher!!!
- Nanã E Seus Filhos
- Nana (nana)
|
|