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DESIGUALDADE SOCIAL, DESUMANIZAÇÃO X EDUCAÇÃO
(Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti))

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DESIGUALDADE SOCIAL, DESUMANIZAÇÃO X EDUCAÇÃO Autor: Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti) Em: 10 de abril de 2008 A Desigualdade social não é recente, no entanto não nasceu atrelada ao homem, foi construída ao longo da evolução do pensamento humano. Se considerarmos o conhecimento científico, veremos nos escritos de Marx e Engels que a desigualdade nasce junto com a organização social, seja esta sociedade comunista, escravista, socialista ou capitalista. Os estudos de Marx continuados por Engels apontam que o homem primitivo (comunista) produz em benefício de toda a comunidade, o que é confirmado por qualquer estudo antropológico da atualidade. O homem primitivo por não fazer uso de ferramentas tecnologicamente complexas, tinha sua produção agrícola apenas para a subsistência. À medida que a inteligência humana evoluiu, suas ferramentas tornam-se mais complexas, capazes de produzir recursos ou bens em grande escala. O homem que se maravilhara com o fogo, viu em suas mãos o uso do metal, a velocidade da roda; aliás, o uso da roda é um dos maiores marcos históricos para o surgimento da(s) desigualdade(s) social(is). A produção rural tornou-se expressiva, o homem passou então a refletir sobre as formas de armazenamento e segurança de suas produções. Surgem as autoridades governamentais, cresce a opressão. Realizando uma rápida viagem no tempo, percorrendo o desenvolvimento da sociedade dita “organizada” e decolando no século XXI, percebemos que em apenas um século(XX) e início de outro(XXI) o homem desenvolveu sua capacidade criativa como nunca antes. Bastaram pouco mais de cem anos para que a humanidade chegasse ao caos da desigualdade social. Juntamente com a multiplicação do conhecimento científico-tecnológico, multiplicou-se a soberba, a cobiça, a vaidade, o consumismo e a falta de solidariedade humana. Sobre este aspecto prefiro dizer que o homem atingiu um nível de conhecimento que o impede de raciocinar humanamente, aí faço uso das palavras de Jesus Cristo quando diz, de que valerá ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. Jesus Cristo nasceu e cresceu no meio de um contexto monstruoso de desigualdade social. Teve e continua tendo como seguidores milhões de pessoas que anseiam por uma sociedade mais humana. Você poderia me questionar: como você explica as CRUZADAS? Eu prefiro instigar a reflexão de que as cruzadas foram claras demonstrações da soberba, cobiça, vaidade humana, consumismo e falta de solidariedade de endemoninhados que se intitulavam cristãos, pouco depois de terem praticamente exterminado os verdadeiros cristãos. Resistentes a exploração exacerbada da força de trabalho do Sistema Capitalista, intelectuais do meio acadêmico e alguns representantes governamentais vêm engrossando as críticas às selvagerias capitalistas. Somos sabedores que o Capitalismo é marcado pela compra barateada da força de trabalho. Contudo é importante sabermos que quem cria os Sistemas Econômicos somos nós. Se considerarmos que os demais sistemas econômicos como escravismo e feudalismo foram também selvagens, não teremos muito a falar contra o atual. Esta análise serve para refletirmos sobre o quanto o problema está no homem; este ser que salienta ser sua criação um benefício a toda a humanidade, que ilusão, vemos que uma grande parcela da população fica excluída de fazer uso dos benefícios de inúmeros recursos da atualidade. A desigualdade social anda de mãos dadas e cresce junto com a desumanização. O homem vai desumanizando-se à medida que esquece de si mesmo e de seu próximo, de seu valor e do valor de seu próximo, passando a valorizar mais a sua criação, a endeusar sua capacidade criativa, seu conhecimento. O valor do produto vai superando o valor da pessoa. O homem desumanizado esquece, ou não quer aceitar que veio de algum lugar e está indo para algum lugar, nega sua espiritualidade. Hoje já está sendo encarado como normalidade o abandono familiar que joga crianças, jovens e idosos na sarjeta das grandes cidades. Parece sinal dos tempos de desumanização, quem sabe do tempo do qual falou Jesus Cristo de Nazaré que nos últimos dias o amor de quase todos esfriaria, no entanto é bom lembrarmos que Ele mesmo faz menção à salvação de muitos dentre os povos, tribos e nações (leia Ap. 5:9). Quem serão estes? Creio que aqueles que se humanizarem. Uma sociedade mais justa se constrói com o processo de humanização. O homem vai humanizando-se à medida que lembra sua história, que nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre, à medida que se valoriza e valoriza seu próximo, passando a valorizar mais a vida, a ter consciência da existência de Deus sobre sua capacidade criativa e sobre seu conhecimento, aceitando assim sua espiritualidade, reconhece que veio de algum lugar e está se preparando para ir a algum lugar ora desconhecido. O valor da pessoa vai superando o valor do produto. Humanizar-se é não encarar como normalidade o abandono familiar que joga crianças, jovens e idosos na sarjeta das grandes cidades, quando não do sexto andar de um apartamento. Humanizar-se é educar-se. Educar-se é tornar-se solidário, tolerante, ético, afetivo, leal, responsável com o bem comum, é transformar-se na busca de uma sociedade mais justa. No mundo complexo no qual vivemos, podemos dizer que apenas quem tem essas qualidades pode ser considerado educado. Eis o nosso grande desafio, educar nossa geração.



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