GERÚNDIO
(Eurico Borba)
GERÚNDIO, de Eurico Borba; ed. Maneco, 2007. 129 p.
Dentre todas as artes a poesia supera em beleza. A palavra, sua matéria prima, pode ser manipulada, como o escultor manipula a forma de um bloco. Assim tb o poeta coloca na sua arte todo seu sentimento ou às vezes, como diz Fernado pessoa: "é um fingidor".
Percebe-se o sugestivo movimento do próprio título: Gerúndio em seu primeiro poema: Nascendo Vivendo Esperando Experimentando Aprenndendo Cansando Crendo Gostando Existindo Desesperando Envelhecendo Morrendo Renascendo
Em Gerúndio vislumbra-se a alma do poeta, sua sensibilidade diante de coisas das mais singulares, como a beleza das flores; mais tocantes, como contar histórias à neta; mais dolorosas, como a perda de amada filha. Conta das noites insones, da solidão da cama de um só corpo; de suspirar pela morte libertadora....De outro lado, aborda temas sociais, como a falta de empregos para todos; fala de música, escultura, cinema, de estrela e de sua Querida; de rugas e de janelas que observa em alguma noite insone a imaginar cenas que se passam atrás delas. É um intenso mergulhar no universo das emoções.
O escrivinhador manupula com liberdade e maestria as palavras e não se permite em momento algum romper com as normas tradicionais da gramática, observando atentamente as tradições de uma língua.
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