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INCLUSÃO: ANÁLISE CRÍTICA
(Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti))

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INCLUSÃO: ANÁLISE CRÍTICA
Sobre o Filme Meu Nome é Rádio e o texto Um Sapato Perdido, Quando os Olhares Sabem Olhar.

Autor: Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti)
Em: 13 de abril de 2008

A inclusão tem sido tema de amplas e significativas discussões nos diversos setores da sociedade pós-moderna, em especial no meio educativo. Depois de tanto tempo de silêncio e falta de sensibilidade para com as diferenças, temos presenciado e participado de um grito de basta por parte principalmente de intelectuais da educação comprometidos com uma sociedade mais humana.
Tanto o filme Meu Nome é Rádio como o texto Um Sapato Perdido, Quando os Olhares Sabem Olhar, apresentam uma reflexão sobre o Olhar Humanizado e Humanizador.
Consideramos como humanizado o olhar fruto de uma leitura sobre a condição humana no mundo atual, um olhar que considera as diferenças pessoais de ordem intelectual ou física, as diferenças culturais, religiosas, políticas, sexuais, etc., como realidades que fazem parte do nosso mundo e que precisam ser encaradas com respeito e atenção.
Hoje o maior desafio da educação é humanizar o homem culturalmente, humanizar este homem desumanizado pelo capitalismo selvagem, o qual prega e estimula sobre tudo o consumismo, a posse, tornando-se incapaz de ver o outro como diferente, no entanto humano, e nesse sentido igual, detentor dos mesmos direitos.
O filme nos mostra o poder da atitude humanizada, capaz de humanizar a outrem. O técnico Jhones não demonstrou apenas respeito à diferença, mas dispensou atenção especial ao jovem Kened, deu-lhe a importância, o valor humano devido.
É importante destacar que o senhor Jhones presenciou em sua juventude a situação de uma criança deficiente que ficava presa em uma jaula. Relatou em conversa com sua filha que se sentiu frustrado por não ter feito nada naquela época por aquele ser humano que era tratado como bicho na gaiola.
O que tornava aquele técnico uma pessoa diferente naquela escola, capaz de ser inicialmente a única pessoa estranha a se importar com Kened? O que o tornava capaz de enfrentar o risco de perder seu emprego? O que lhe deu forças para continuar resistindo a seus opositores, em especial o senhor Frank, banqueiro, patrocinador e pai de um excelente jogador do time comandado pelo senhor Jhones?
Parece-nos claro que apenas o amor cabe como resposta às perguntas acima, pois, nos faz olhar o mundo através de lentes especiais. O amor ao próximo é a inclusão. Quem ama de verdade quer sempre proteger, apoiar o próximo em suas conquistas, está sempre disposto a se doar.
E por falar em amor, o filme retrata a solidariedade de Kened. Que lição a doação dos presentes! É um confronto à sociedade consumista, onde a cada dia milhares de pessoas ditas normais acumulam riquezas incontáveis à custa da força do trabalho alheio, esquecendo do sentido da vida, o amor.
O amor dispensado pelo senhor Jhones contagiou a todos, ele foi capaz de humanizar os demais que concordaram em tornar o jovem Kened aluno matriculado na escola e isso com demonstração de respeito e aceitação de fato.
A inclusão é fruto do olhar solidário, do olhar que vai além, que vê as camadas populares menos favorecidas, que vê o deficiente físico e/ou mental, o afro descendente, o índio, o branco, etc., como dignos de usufruírem dos recursos produzidos pela sociedade, tais como educação, saúde, lazer...



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