Cumandá
(Juan León Mera)
Cumandá é uma novela romântica que constitui outro caso de literatura feita por políticos e diplomáticos. Nela, distingue-se dois elementos básicos: a ficção narrativa como noveka sentimental e romântica por um lado e o referente histórico real do problema indiano por outro. Cumandá, jovem da família Tongana, da tribo dos záparpos, namora-se de Carlos Orozco, um jobem branco católico. Algo católico habita no peito de Cumandá, por certas preces aprendidas de sua mãe, que no outro tempo, conviveu com os brancos na sociedade civilizada. Embora, o pai de Cumandá, Tongana, distingue-se por su ódio aos brancos e inclusive em ocasiões desconfia de sua filha por salvar certa semelhança com os daquela raça por ele odiada. Pois bem, a família Tongana, quando sabe das pretensões de Cumandá, faz tudo o possível por acabar com a vida de Carlos, mas sempre acude Cumandá a salvâ-lo. Numa das situações, ela se vê obrigada a ter casamento com Yahuarmaqui, chefe dos jíbaros. Quando ele morre, aguarda-se, seguindo com a costume da raça, que Cumandá seja sacrificada pra acompanhâ-lo ao outro mundo. Mas ela fuge e chega a Andoas,o povo de Carlos, onde é cuidada pelo pai dele. Domingo. CArlos, que tinha ido procurá-la, é preendido pelos jíbaros junto à mãe de Cumandá, que tinha a ajudado a fugir. Cumandá acude ao resgate e nesse momento, descobre-se que na realidade, Cumandá é irmã de Carlos e também a filha de Domingo e que a mãe de Cumandá tinha sido a criada de Domingo, antes da famosa sublevação de Columbe e Chicote., na que Domingo perdeu tuda quase sua família. Tongana não era outro que Tubón, a quem tuda sua família tinha sido arrebatada pela crueldade dos colonos brancos, e que por isso, guardava tudo aquele ódio contra os brancos. Finalmente, trás o processo de anagnórise, Cumandá morre e ao pouco tempo, morre também Carlos, consumando-se a tragédia.
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