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Utilizações dos briófitos
(DK Saxena e Harinder)

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As hepáticas, antocerotas e musgos são plantas pequenas e de
crescimento lento, que pertencem ao Filo Bryophyta.

As hepáticas crescem horizontalmente e podem ser talóides ou
folhosas, enquanto que os musgos apresentam um pedúnculo erecto no qual
estruturas equivalentes a folhas se dispõem em espiral.
A maioria de nós está familiarizada com os tufos de musgos frequentemente
utilizados nos jardins das habitações, no entanto as suas diversas utilizações
e aplicações são ainda desconhecidas. Hoje em dia os briófitos têm o seu lugar
na indústria farmacêutica, como combustível, na horticultura sendo também
ecologicamente importantes. O seu potencial como biomonitores na avaliação da
qualidade do ar é bem conhecido. Tanto as hepáticas como os musgos são bons
indicadores das condições ambientais. Certos musgos têm o seu desenvolvimento
restrito a gama específica de pH, logo a sua presença pode ser utilizada como
indicadora do pH do solo. Os briófitos modificam o seu micro-clima; ajudam a
reter a humidade e também a prevenir a erosão do solo. Adicionalmente, também
providenciam uma temperatura adequada, matéria orgânica e minerais após a sua
morte, funcionando, desta forma como excelentes substratos para as sementes de
uma variedade de espécies de árvores coníferas. Tem vindo a ser demonstrado que
alguns musgos (Sphagnum) apresentam uma relação simbiótica com
cianobactérias, desempenhando, desta forma, um papel crítico na fixação
biológica do azoto nos ecossistemas ártico e sub-ártico. Além disso, musgos
como Mielichhoferia elongata desenvolvem-se em solos ricos em cobre,
podendo ser utilizados como plantas indicadoras. Os musgos são também bons
indicadores de chuva ácida e são particularmente sensíveis à poluição do ar.
As espécies tolerantes que acumulam poluentes são utilizadas em diversos países
europeus na monitorização da poluição atmosférica causada por emanações
provenientes de várias fontes.

Tradicionalmente os briófitos são utilizados como aditivos
para os solos e como materiais ornamentais. Os jardins de musgos no Japão estão
muito na moda. A utilização de Sphagnum em jardinagem em mergulhia aérea
é um método bem conhecido de propagação de plantas. Também pode ser misturado
com solos, de forma a manter a humidade, prevenindo o crescimento de
infestantes e permitindo a permeabilidade do ar. O Sphagnum é também
utilizado em tratamentos de águas e efluentes industriais caracterizados por
descargas tóxicas, especialmente contendo metais pesados (Ag, Cu, Cd, Hg, Pb,
and Fe) e substâncias orgânicas como óleos, detergentes, corantes e
microrganismos. Os absorventes convencionais trabalham lentamente quando
aplicados a derrames e podem subsequentemente libertar o óleo, no entanto, os
produtos derivados de briófitos podem absorver até 12 vezes o seu peso e
requerem menor espaço de armazenamento que os materiais utilizados de forma
convencional.
O Sphagnum é também um material extraordinário para transporte de
plantas, flores e vegetais frescos, em jardinagem hidropónica e armazenamento
de raízes e bolbos. Países desenvolvidos como a Filândia, Suécia, Irlanda e
parte Oeste da Alemanha têm tentado usar musgos e hepáticas como combustível. É
provável que no futuro a turfa se torne uma fonte importante de combustível, na
produção de calor, metano e electricidade. É particularmente adequado devido ao
seu baixo conteúdo em enxofre. Os briófitos também têm vindo a ser utilizados
na construção de casas e sua decoração de interior. Nos Himalaias os musgos são
utilizados como repelentes de insectos em áreas de armazenamento de alimentos.
Na Índia, o Sphagnum, Hypnum cupressiforme, Neckera crenulata
são utilizados para empacotamento de maçãs e ameixas nos Himalaias ocidentais.

Os briófitos contém compostos biologicamente activos, e
consequentemente não susceptíveis a doenças fúngicas e apresentam actividade
microbiana. A aplicação mais recente dos musgos consiste na utilização de Physcomitrella
na produção de ''factor XI anti-coagulante do sangue'', para o tratamento da
Hemofilia B. A actividade anti-leucémica também tem vindo a ser demonstrada em
vários compostos provenientes de hepáticas. Durante a primeira guerra mundial,
os Alemães utilizaram Sphagnum como compressas nos ferimentos dos
soldados. As compressas de Sphagnum são melhores que as de algodão na
cobertura de ferimentos, visto que podem absorver 3-4 vezes mais líquidos que o
algodão e logo a muda recorrente não é necessária. Adicionalmente, o uso de
compressas de Sphagnum é económica, fresca, suave e menos irritante na
pele que de algodão.



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