Serenata sintética
(Desconhecido)
A noite vai alta, mas asfixia minha alma, onde um coração é mesclado de trevas que me foram oferecidas por ti. Sigo recluso desta atmosfera sombria, por um caminho sinuoso, em busca do teu olhar de luz clara e feliz. Olho o alto de olhos presos no chão, como se o medo tomasse meu coração, mas vejo uma luz triste e sombria, que uma lua morta emana. E essa lua morta doura meu caminho perdido.
Perdido vou por essas curvas da infelicidade, à tua procura acompanhado da saudade, a doce saudade que me afaga a alma com a tua lembrança na ausência cruel. Lembro tua voz de mel e o destino que entrevejo é menos sombrio. Destino à sorte por uma estrada torta que, ainda assim, sinto que me levará a ti.
Experimento pois a dor, depois do amor, neste caminho labiríntico do meu fado. Perdido, rastejante alado que vai seguindo ávido por uma luz de candeeiro em tuas mãos de veludo, um sinal de ti. Persigo o fio de suave cintilar, o orvalho cristalino do amanhecer, numa marcha que segue a Hora, a hora feliz e derradeira que me há-de conduzir à tua porta.
Resumos Relacionados
- Último Beijo
- Saudades
- As Vezes Essa Saudade Vem...
- Destinos
- Recadinhos De Amor
|
|