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Paradigma e Sintagma
(Josiane Muller)

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Resumo



Este estudo consiste nas relações entre os elementos lingüísticos estabelecidas em dois domínios distintos. Vamos definir tais domínios. Toda frase, segundo essa dicotomia - e não apenas frases, mas também palavras e até signos extralingüísticos -, possui dois eixos: um de seleção e outro de combinação. Na frase "Eu comprei um carro novo", há possibilidades combinatórias claras, tais como "Um carro novo eu comprei" (mudança de ordem das palavras) ou outras, como ao acrescentarmos novos termos à oração. ". O eixo de seleção proposto pela relação paradigmática, corresponde às palavras que podem ocupar determinado ponto em uma sentença.


Palavras-chave: dicotomia, relações, semiologia, combinações, seletividade e significação das orações.

Introdução

Tal artigo irá tratar a dicotomia paradigma & sintagma, na qual se definem, respectivamente, as relações de seleção e as relações de combinação entre os elementos lingüísticos.
O paradigma não é qualquer associação de signos pelo som e pelos sentidos, mas uma série de elementos lingüísticos suscetíveis de figurar no mesmo ponto do enunciado, se o sentido for outro. Assim, no enunciado foi teu avô, no lugar de teu, poderiam figurar, se o sentido do enunciado fosse outro, os termos seu, meu, nosso, o, um etc. Esses elementos constituem um paradigma, do qual o falante seleciona um termo para figurar no enunciado.
Por outro lado, no sintagma não se combinam quaisquer elementos aleatoriamente. A combinação no sintagma obedece a um padrão definido pelo sistema. Assim, por exemplo, podem-se combinar um artigo e um nome e, nesse caso, o artigo deve sempre preceder o nome. Em português, é possível a combinação o irmão, mas não a combinação irmão o.
Por essa razão, não se deve confundir paradigma com língua e sintagma com fala. Tanto um quanto outro pertencem ao sistema, aquele por estabelecer os elementos que podem figurar num dado ponto da cadeia falada e este por obedecer a um padrão rígido de combinação.
- Pois então foi teu irmão.
- Não tenho irmão, Excelência.
- Chega de argumentação. Estou perdendo a paciência!
- Não vos zangueis, desculpai!
- Não foi teu irmão? Foi o teu pai ou senão foi teu avô –

Tanto os argumentos de defesa do Cordeiro quanto os de acusação do Lobo estão baseados na seleção dos graus de parentesco.
Há, portanto, relações de combinação entre os signos. Além das relações sintagmáticas, baseadas na combinação, há também relações baseadas na seleção dos elementos que são combinados. Para se referir às relações associativas entre os signos, a Lingüística consagrou o termo relações paradigmáticas, [modelo, exemplo].

2. ASPECTO ANALISADO

Sendo uma representação do padrão de modelos a serem seguidos. Na filosofia grega, paradigma era considerado a fluência de um pensamento, pois através de vários pensamentos do mesmo assunto é que se concluía a idéia, seja ela intelectual ou material. Em Linguística, Ferdinand de Saussure define como paradigma o conjunto de elementos similares que se associam na memória e que assim formam conjuntos. O encadeamento desses elementos chama-se sintagma.
Podemos dizer que um paradigma é a percepção geral e comum – não necessariamente a melhor – de se ver determinada coisa, seja um objeto, seja um fenômeno, seja um conjunto de idéias. [Sintagma é visto como uma unidade formada por uma ou várias palavras que, juntas, desempenham uma função na frase.]. 
 A combinação das palavras para formarem as frases não é aleatória; precisamos obedecer a determinados princípios da língua. As palavras se combinam em conjuntos, em torno de um núcleo.
Considerações Finais

Ao concluir estabelecemos então; tanto na frase, em nível sintático, quanto na palavra, em nível morfológico, podem ser determinadas relações sintagmáticas e paradigmáticas. Em uma representação gráfica, costuma-se colocar o sintagma como um eixo horizontal e o paradigma como um eixo vertical. Assim, na frase João ama Teresa e na palavra amaremos, há um eixo horizontal sobre o qual se dispõem os elementos lingüísticos combinados em um sintagma, e há eixos verticais, para cada posição do sintagma, sobre o qual se dispõem os elementos lingüísticos que podem, por meio de relações paradigmáticas, ocupar essa posição.

Esquematicamente, pode-se representar os exemplos assim:



paradigma
                     João              ama           Teresa
                     Raimundo     odeia         Maria                                     sintagma
Joaquim        admira       Lili
                                          Assiste       J. Pinto
                                                             cigarro
                                                            chocolate

paradigma
                     am          a          re          mos
                     beb         e          ria         s                                       sintagma
                     part         i           sse        is



 Esse exemplo mostra que tanto as relações paradigmáticas quanto as sintagmáticas ocorrem em todos os níveis da língua: o dos sons, o dos morfemas, o das palavras. Além disso, é preciso notar que os elemento lingüísticos só contraem essas relações dentro do nível a que pertencem: sons relacionam-se paradigmática e sintagmaticamente com sons; morfemas com morfemas; palavras com palavras. Por exemplo, no lugar inicial da palavra mata poderiam figurar os sons l, b, r, k, d etc. Esses sons constituem um paradigma. Por outro lado, há regras muito estrita de combinação dos sons: por exemplo, não se pode combinar em português em posição pré-vocálica os sons k, b, d. a mesma coisa ocorre no nível dos morfemas e das palavras.



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