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Falso Self
(Prof. Henrique Nicolau)

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A criança ao longo do seu crescimento, vai integrando capacidades perceptivas e motoras. Vai organizando as suas pulsões, até que se estabeleça um equilíbrio entre o seu mundo interno e o mundo externo. Se  o holding materno é insuficiente ou deficiente, não vai permitir que a função do ego auxiliar se estruture, assim a criança vai recorrer à construção de um ego auxiliar falso com o objectivo de colmatar esse vazio materno. Assim Winnicott apelidou esse ego auxiliar falso de "Falso-Self".
Quando a mãe não fornece a protecção necessária ao ego ainda em construção (do recém-nascido), a criança vai perceber essa falha ambiental como uma ameaça à sua continuidade existencial, provocando nela a vivência subjectiva de que todas as suas percepções e actividades motoras são apenas uma resposta diante do perigo a que se vê exposta. Assim, todos os estímulos externos deixam de ser sentidos como gratificantes, para passarem a ser sentidos como provocados por um mundo ameaçador. A criança vai procurar substituir o sentimento de protecção que lhe falta por uma protecção "fabricada" por ela. É como se a criança fosse fabricando uma casca na qual se vai envolvendo, em torno da qual cresce e se vai desenvolvendo o self da criança. O self verdadeiro é um núcleo que permanece no interior desta protecção ("casca"), mas que fica oculto, assumindo uma posição subalterna e sem capacidade de se sobrepor e manifestar.
A mãe que não é suficientemente boa é incapaz de dar respostas adequadas às solicitações da criança, deixando de responder aos gestos e aos pedidos da mesma. Esta mãe está mais preocupada com as suas próprias necessidades, remetendo a criança para uma posição de submissão ou acatamento. Esta submissão constitui o início da instalação do falso self , e o que está na base da sua construção é a própria incapacidade da mãe para interpretar as necessidaes e solicitações da criança.
Winnicott defende que o falso self está sempre presente, embora com níveis de implicação diferentes, ou seja nem sempre tem implicações patológicas. Nas situações consideradas normais, o falso self , existe mas age como defesa do verdadeiro, a quem protege sem substituir. Nos casos mais graves, o falso self substitui o verdadeiro.   



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