Resumo de Cuidado! OVNI (milhares) - Jornal A Folha de São Paulo

CUIDADO! – OVNI (milhares)

É isso mesmo, só que, embora não identificados (vistos) pela grande massa populacional do planeta, eles estão aí, e, a qualquer momento, poderão cair sobre nossas cabeças. Será que podemos estabelecer comparação entre a ignorância, o descuido, à falta de higiene entre aqueles que jogam garrafas plásticas, pneus usados, entulhos, móveis velhos etc. nos rios e os que pertencem ao grupo aeroespacial, a exemplo da NASA, os quais poluem nosso espaço em torno da Terra, com milhares de objetos grandes e pequenos oriundos de carcaças de foguetes e satélites?
No dia 16 de abril do corrente ano, tivemos um artigo publicado pela Folha de São Paulo com o título de “Agência européia mapeia lixo espacial na órbita da Terra”. Cerca de 12 mil estão na chamada órbita baixa da Terra, a uma altitude de 800 km a 1.500 km, espaço onde muitas satélites estão em operação e que podem ser danificados. A 35.000 km de altura, estão os satélites geoestacionários (que acompanham a rotação da Terra), cujos estragos poderão ser potencialmente imensuráveis por parte dos mil objetos ali presentes. Com base em dados da Nasa e da ESA (Agência Espacial Européia) e a UCS (União dos Cientistas Responsáveis) mais de 150 milhões de objetos com menos de um centímetro de diâmetro devem estar em órbita.
Embora não fosse novidade tal realidade, mas ao ver a foto desse maravilhoso e abençoado planeta, que nos abriga e nos da a condição de vida, repleto de objetos nocivos à saúde humana, acompanhando o movimento da Terra, tanto na rotação como na translação, vem em minha mente a imagem do Rio Tietê em dia de chuva com seu leito forrado por garrafas pets e outros objetos. O cenário é muito triste.
Precisamos, urgentemente, cuidar melhor dessa “nave espacial”, a Terra, que percorre o espaço a 108.000 km por hora. Se essa “nave” entrar em colapso, e, infelizmente, tudo indica que sim, é apenas uma questão de tempo, nós seremos os únicos responsáveis pelo nosso destino.
Se não quisermos que nossas casas sejam invadidas pela água suja e imunda dos rios, cujas águas já foram assassinadas, precisamos cuidar para evitar essa poluição, trabalhando, incansavelmente, para mudar nossa atitude que ainda hiberna nos braços da ignorância. E que nossos companheiros da NASA e dos demais órgãos do mundo, pensem em evolução tecnológica “sustentável”, de maneira que tais objetos não coloquem em risco nossas vidas.
Finalmente, nesse momento de reflexão, deixo uma pergunta para todos nós: Será que estamos, realmente, fazendo tudo aquilo que podemos e devemos fazer?

Daniel Júlio

Printeiro
19/04/08

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