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A seleção da FUVEST
(Raquel Nogueira)

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Mais uma prova da Fuvest foi realizada, e o que se
constata, é que o método de avaliação dos candidatos pouco mudou.
Continuam sendo cobradas todas as matérias do ensino médio, por vezes
com tanta especificidade que só sendo da área para não ter dúvidas.
Mesmo o candidato mais preparado às vezes se depara com algumas
surpresas.
Essa forma está sendo contestada
por muitos, pois exige dos candidatos o que seria difícil para o
estudante brasileiro hoje: conhecer e entender a fundo todas as áreas,
quando mesmo o aprendizado básico é defasado.
Um
exemplo: um candidato presta o exame (que teoricamente cobra o conteúdo
visto no ensino médio, desconsiderando cursinhos e afins) para a
carreira de letras. Ele tem bom desenvolvimento da língua portuguesa,
redige bons textos e tem facilidade nesse campo.Essas seriam qualidades
de um formado na área.
Mas para se graduar na
Usp em letras, o candidato deve realizar a façanha de conseguir,
sozinho ou com auxílio de cursinhos, o entendimento e domínio de
matérias com as quais nunca se identificou, como matemática ou física,
por exemplo.
Está claro que o
atual método da Fuvest deve ser revisto, para que a seleção de
candidatos seja mais justa e baseada nos conhecimentos e aptidões que
ele tem para seguir aquela profissão que deseja.
Um
aluno de escola pública, hoje encontra enormes dificuldades ao
enfrentar vestibulares concorridos, de faculdades públicas
principalmente. Isso é uma forma de exclusão, e ao mesmo tempo ilustra
o quão falha está a democratização da educação no país. Uma
universidade pública deveria ser, teoricamente, destinada a candidatos
que não têm condições de pagar pelo ensino superior.
Mas
o que acontece é justamente o contrário. Aquele que não pode pagar pelo
ensino básico, tem de se contentar com as péssimas condições do ensino
público, que não fornecem base nem ao menos desenvolvem no aluno o
hábito de enfrentar situações-problema.Na hora de selecionar aqueles
que farão o ensino superior numa faculdade como a USP, porém, quem
consegue entrar é aquele que estudou em boas escolas particulares e em
geral, tem boas condições financeiras.

Dizer que o sucesso nos
estudos depende de cada um é algo fácil, mas na prática isso não vale,
porque mesmo um aluno não muito dedicado, em uma boa escola, consegue
obter maior rendimento que o aluno que se esforça, em uma escola com
condições precárias de infra-estrutura e ensino.
Por
enquanto, resta torcer para que as instituições públicas de ensino
superior tornem a seleção mais justa, abrangente, e mais democrática.



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