Resumo de A Cidade do Sol - 1ª Parte (1/3)

Segundo romance do escritor Afegão radicado nos EUA, Khaleid Houssini, nos trás uma história bem mais densa do que o primeiro, “O Caçador de Pipas”. Mais uma vez ele retrata sua terra natal e os mais importantes fatos históricos ocorridos nos últimos 40 anos, cobrindo desde a invasão soviética até os bombardeios norte-americanos após os atentados de 11 de setembro.

O mérito dos livros de Khaleid Houssini é mostrar para o mundo ocidental, como funciona a intrincada sociedade islamita do Afeganistão, seus hábitos e costumes, o dia a dia das pessoas daquele país e todos acontecimentos que sucederam aos fatos pós Osama Bin Laden, nos dando uma visão completamente diferente daquele país, do que a que nos é trazida pelos meios de comunicação ocidental.

Trata-se da saga de duas mulheres de origens completamente distintas e sofrimentos semelhantes, que sofrem todos os preconceitos e restrições de uma sociedade islâmica fundamentalista, e por força do destino acabam se encontrando e desta forma se unindo contra todas as adversidades que lhes são impostas.

Marian, fruto de um relacionamento proibido entre um patrão, Jalil, rico e influente comerciante desta cidade, dono do cinema da cidade de Herat, casado com três mulheres e pai de mais dez filhos, e uma empregada. Assim que Marian nasceu, Jalil por vergonha e medo de encarar suas esposas e a rígida e preconceituosa sociedade de valores islâmicos, as escondeu em uma cabana isolada nos arredores da cidade, onde esta foi criada.

Jalil a visitava toda quinta-feira, e lhe tratava sempre de forma carinhosa e amorosa.

Sua mãe, a quem carinhosamente chamava de “Nana”, pessoa triste e amargurada por ser obrigada a se isolar para cuidar de sua filha e pelas poucas oportunidades que a vida lhe proporcionou, tratava Marian de forma ríspida, sempre brigando com a menina e lhe imputando todas as culpas de sua tristeza e de suas frustrações.

Também visitavam a cabana, Bibi, uma senhora amiga de Nana, e o Mulá Faizullah, sacerdote e professor, e melhor amigo de Marian, que a iniciou na crença islâmica e lhe alfabetizou.

O sonho de Marian era ir conhecer seus irmãos e ir morar com seu pai, pois imaginava que assim, a felicidade que experimentava todas as quinta-feiras seria diária, podendo assim ter sempre todo o carinho que seu pai somente lhe dava em um dia por semana.

No seu aniversário de 15 anos, Marian pediu a seu pai que a levasse ao seu cinema, junto com seus outros irmãos, para assistir ao filme “Pinochio”, este lhe prometera que iria pegá-la ao meio-dia do dia seguinte.

Marian já se preparou pela manhã, e enquanto se arrumava, sua mãe com ciúmes e medo de perdê-la, lhe disse que se fosse embora, ela iria se matar, Marian não levou estas palavras a sério, e foi ao local marcado para o encontro com seu pai. Esperou diversas horas, e como seu pai não apareceu, Marian decidiu rumar para cidade de Herat atrás dele, ao chegar na cidade, foi levada por um carroceiro até a casa de seu pai, bateu na porta e foi informada que seu pai não estava, e ao insistir em esperá-lo teve a sua entrada proibida.

Marian não se conteve e passou a noite em frente ao portão da casa esperando sue pai. Pela manhã, o motorista da casa a acordou para levá-la para a cabana, Marian o enganou e invadiu correndo os jardins da casa, antes de ser pega e jogada dentro do carro, pode cer seu pai observando tudo pela janela.

No caminho de volta a cabana, decepcionada, acabou dando razão às coisas que sua mãe falava a respeito de seu pai, porém tarde demais, pois ao chegar em casa se deparou com o corpo de sua mãe pendurado pelo pescoço, cumprindo a promessa que havia lhe feito no dia anterior.

Marian foi levada para a casa de seu pai, e por lá permaneceu poucos dias, pois foi dada em casamento para Rashid, um viúvo que trabalhava

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