Sidarta - 1ª Parte (1/2)
(Herman Hesse)
Um romance escrito por Hermann Hesse vecedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1946.
Hesse, praticante convicto do Dharma, teve inspiração para escrever esse livro após sua passagem pela Índia em 1910, para muitos, uma história quase autobiográfica, contando metaforicamente a busca espiritual do autor.
Pode-se dizer que o Sidarta é uma saga esotérica, leitura obrigatória para aqueles que desejam romper com seus valores pré-estabelecidos e iniciar uma nova vida.
Logo criança, Sidarta sempre se destacou em seu vilarejo nos estudos do Dharma, causando expectativa a todos de que não seria um brâmane comum, e sim um sacerdote de extema sabedoria. Sábio e contestador, Sidarta em pouco tempo adquiriu todo o conhecimento que seus mestres poderiam lhe fornecer, mas isso não lhe era o bastante, abrigava em seu âmago um profundo descontentamento, sentia que ainda poderia saber muito mais sobre as coisas da vida.
Tinha como melhor amigo Govinda, um menino que o seguia onde fosse e sempre estava disposto a oferecer-lhe ajuda e consolo a suas inquietações.
Sidarta decide seguir os Samanas, sacerdotes nômades que erravam pela Índia, pregando a abstinência total aos valores materiais. Com os Samanas, Sidarta aprendeu a Meditar de forma mais eficiente, jejuar, fazendo somente uma refeição por dia e a esperar, exercitando cada vez mais sua paciência.
Os Samanas ensinavam Sidarta a se desindividualizar do seu “eu”. Após três anos, e muito discutir com Govinda, Sidarta chegou a conclusão de que o modo de vida dos Samanas era somente uma forma de fuga, já que nenhum dos Samanas conseguiram alcançar o “nirvana” (extinção da individualidade, emancipação final), independente de suas técnicas e de suas avançadas idades, e decidiu abandoná-los.
Sidarta e Govinda ouviram falar de Gotama, que havia alcançado a iluminação, ou seja, um Buda, que arrastava milhares de pessoas em peregrinação para ouvir seus ensinamento.
Govinda decidiu se tornar um de seus discípulos, Sidarta o disse com orgulho que era a primeira vez que Govinda havia decidido o seu próprio destino, já que antes sempre seguia os eus passos, e se despediu do amigo. Quando se preparava para continuara sua peregrinação, encontrou no bosque o Buda em pessoa, e conversou com ele a respeito da doutrina, disse para o Buda que apesar dela ser muito boa, somente poderia alcançar a iluminação pela sua própria sabedoria acumulada pela vivência, e que a doutrina só o daria uma sabedoria de “seguidor”, dando como exemplo o próprio momento da iluminação do Buda, que não poderia ser descrito com meras palavras. Govinda viu nas palavras de Buda um ideal de vida. Já Sidarta viu em Buda um modelo, um exemplo a ser seguido.
Sidarta ficara deveras impressionado com a santidade do Buda, seu jeito sereno, sua sabedoria e bondade, antes de partir ainda recebeu um conselho do Iluminado: - “...acautela-te contra o excesso de inteligência!”.
Sidarta partiu com duas certezas, que o Buda havia lhe privado da companhia de seu único e melhor amigo, porém havia lhe dado algo mito importante, conhecimento interior.
Durante a caminhada Siddharta reavalia toda sua vida passada e decide abandoná-la de vez, sentindo-se incomparavelmente só, pois não pertenceria a mais nenhum grupo, seria apenas Sidarta. Antes fora brâname, samana, agora, apenas ele mesmo.
Refletiu profundamente sobre tudo o que vivera até então, e assim, começou a enxergar, entender e ouvir as coisas de modo diferente, como se um véu de ilusões fosse retirado de seus olhos, como se sempre fora cego, surdo e insensível. E sentiu como se tivesse despertado naquele momento de um sono profundo, como se tivesse renascido.
Sidarta encontra com um balseiro que lhe dá abrigo em sua cabana, e pela manhã o conduz até a outra margem do rio, o balseiro durante a travessia lhe diz que foi o rio que lhe ensinou tudo o que sabia, e que meramente ao observá-lo poderia se extrair grande sabedoria. Ao chegar na outra margem, Sidarta constrangido pede desculpas ao balseiro por não ter nada para recompensar toda a sua generosidade, este lhe diz que por hora simplesmente a amizade era a sua recompensa, e que um dia voltariam a se encontrar e assim Sidarta poderia recompensá-lo.
Em suas andanças Sidarta chegou a uma cidade, onde conheceu Kamala, uma cortezã, e acabou se apaixonando por ela, porém esta lhe disse que ele precisava de dinheiro e roupas, pois sua vida de asceta, o fazia se parecer com um mendigo.
Pediu emprego a um rico comerciante, e ao ser perguntado sobre o que sabia fazer, lhe disse que sabia apenas “jejuar, meditar e esperar”. Mesmo assim consegue o emprego, ganha dinheiro e se envolve com Kamala.
Sidarta acha estranho a grande fixação que os homens tem por ganhar dinheiro, a quem chama de “homens tolos”, ainda mantém seus hábitos de samana, meditando, comendo somente o suficiente, e se abstendo de bebidas alcoólicas.
Com o passar do tempo, o comerciante transforma Sidarta em seu sócio, que ao enriquecer abandona todos os seus hábitos, comento em demasia, se embriagando, desistindo de sua busca, e deixando de escutar sua voz interior. Sidarta tem agora em torno de quarenta anos, e como numa tentativa de ainda provara para sí mesmo o desapego ao dinheiro, aposta em jogos grandes fortunas em dinheiro, sendo obrigado a cobrar com severidade seus devedores.
CONTINUA...
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