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Cotas para negros: Ideologia tortuosa
(Sueli Carneiro)

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No artigo tortuosos caminhos , Cesar Benjamim reproduz a fórmula: Não é possível determinar quem é branco e quem é negro no Brasil concluindo que constituir uma identidade baseada na raça é reacionário, já que raça é um conceito falacioso. São argumentos que caem bem no senso comum mas servem apenas para ofuscar a percepção social das práticas discriminátórias. A constatação de que não existem raças para a ciência não reduz as variadas formas de manifestação racista no brasil. Raça é hoje e sempre foi um conceito político com o kqual elites se servem para manter uma superioridade ideológica afirmando seus privilégios. A análise de Cesar Benjamimdeixa de fora toda uma análise baseada em estudos das desigualdades raciais praticadas no brasil. Não fala das evidências empíricas a respeito da colocação dos negros na sociedade ativa. O dieese com o instituto sindical interamericano pela igualdade racial nos informam sobre o maior índice de homens e mulheres negros desempregados no brasil. Dados divulgados pelo ministério do trabalho e da justiça na publicação Brasil, gênero e raça demonstram os diferenciais com prejuizo do negro no rendimento médio nacional. Os negros apresentam em todos os indicadores sociais constitutivos do IDH brutais diferenças, sendo a mais dramática uma expectativa de vida seis anos inferior à do branco no brasil. O IDH da população negra brasileira ocupa cinco posições abaixo da Africa do sul, país que viveu o regime do aparthaid.
                Cesar benjamim passa por cima ainda:
      _ Da escravização dos negros principal fonte primitiva de capital do país e da posição das elites e suas riquezas.
     _  A falta de reparação aos negros por todo o trabalho feito.
  
    _  A substituição sofrida pelos negros em prol de uma ideologia eugenista.

   _  A indiferença social em relação aos órgãos de repressão e grupos de extermínio.
  
   _  Da impunidade em relação às variadas discriminações.

                Mas , ainda nos pergunta Benjamim se devemos fixar o que não é fixo ou separar o que não está separado. Onde está a certeza de quem é negro ou branco no país?
                O negro passa apenas a ser uma realidade estatística para deleite acadêmico.Falta-lhe concretude no contexto social, ser demandador de políticas específicas. Nossas relações raciais mascaram a verdadeira segregação racial no brasil. Não atentamos para as concentrações de negros nas favelas, cortiços, palafitas, etc. O paradigma casa grande e senzala encontra-se naturalizado em nossa sociedade. Nesse contexto uma forte oposição se concentra  contra atitudes como as cotas para o enfrentamento dessas desigualdades.



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