Os Trabalhadores do Mar part 2
(Victor Hugo)
Dá para imaginar o trabalho que teve Machado
de Assis para traduzir tais singularidades, tais belezas.
“... à proporção que a obra se fazia, ia-se
desfazendo o operário.”
“Tinha fome, sede, frio, Tinha água da chuva”.
Alimento não tinha.
Mergulhou no mar em busca do que comer. Em
lugar de alimento encontrou uma “caverna extraordinária”, onde contemplou
maravilhas em seus corredores, nos túneis subterrâneos.
(Numa segunda oportunidade, aí encontrará o
Cap.Clubin com o “dinheiro” preso ao cinturão)..
A labuta de Gilliatti prolongar-se-á por dois
meses.
Eis que é chegado o dia, a hora, de manobrar
seu barco até debaixo da Durande. Trabalho feito com grande perícia.
O volume da máquina obedecia ao comando de
nosso herói que se servia de um emaranhado de cordas, fios... “O oceano fazia parte do maquinismo” ...A
maré, a enchente, trazia ou elevava o fundo do barco até a máquina que descia
manobrada... Até que assentou-se no fundo do barco.
“Só restava ir embora”.
(Regressar vitorioso?) Calma! O leitor tem o
hábito de torcer pelo mocinho. Porém ele ainda enfrentará um temporal e dos
fortes que já se ameaça brutalmente.
Decidiu armar barricadas, amarrar, pregar,
fazer tudo para diminuir a força da água contra o barco.
“Conflito patético. De um lado o inesgotável,
do outro o infatigável”.
A peleja termina num empate.
Gilliatti, o infatigável, tapou o gol com
pranchas. Movimentava-se, defendendo seus interesses como um jogador numa
partida de futebol.
O ataque da tempestade durou 24 horas.
Gilliatti reapareceu no cais em altas horas.
Tinha a aparência de bicho.
Ver e ouvir Ebenezer. Entregou a Lethierry as notas de banco, com
seus valores atualizados.
O beneficiário do êxito do mocinho podia
construir um barco novo.
O mocinho não era beneficiário de nada. Seu
prêmio tinha sido arrebatado por um seu rival.
Aconteceu que sem ser visto. Tinha ouvido
palavras apaixonadas de Deruchette para o padre Ebenezer.(Esse personagem
apareceu lá atrás). Passou a substituir o padre da localidade.
Lethierry recebeu-os em sua casa, mas não se
entusiasmou com eles, Deruchette sim. Ela passou a freqüentar a igreja para ver
e ouvir Ebenézer. Apaixonou-se por ele.
O autor deu destino inesperado para a
personagem feminina.
O leitor pode não atinar com a visão do
autor.
O objetivo, o desfecho, é prerrogativa do
autor.
O amor pode não ser recíproco. O mérito do
trabalho pode não ser tudo.
Assim para Gilliatti restou a renúncia.
Foi procurador, padrinho, testemunha do
casamento dos dois . No recinto da igreja. Frente a um escrivão casaram-se
Deruchette com o padre Ebenezer.
Era o fim. Fim da exclusão imposta a si
mesmo. Nada tinha para comemorar.
Foi uma vitória sem resultado, não experimentou
o triunfo. Em vez do triunfo, o suicídio.
Sucesso semelhante teve o lado oposto do bem
, o lado negativo, o mal.
Se estudado no
campo binário, tivemos um PARADIGMA na história
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