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PRODUTOS DIETÉTICOS EM BAIXA
Segundo as associações representativas do sector dos suplementos alimentares, a venda de produtos como a Depuralina e os produtos Herbalife caiu de 30 a 50% num mês. Esta queda deu-se depois da suspensão da venda da Depuralina em Espanha, criando algumas suspeições, por parte dos consumidores, quanto à possível perigosidade destes produtos. Tanto em Espanha como em Portugal, foi aconselhada precaução no consumo de suplementos dietéticos, principalmente sem controlo médico.
Jorge Martins de Lima, presidente da Associação de Dietéticos Nacionais (ADN), considera que estas notícias, relacionando a ingestão de suplementos alimentares a casos de perigosidade para os consumidores, podem ser um ataque por parte da indústria farmacêutica a um sector "que não tem riscos nenhuns".
Para Martins de Lima, casos como o da Depuralina, cuja comercialização foi suspensa pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), após a hospitalização de dez pessoas alegadamente devido a reacções adversas ao produto, acontecem para impedir o desenvolvimento de pequenas empresas. Acrescentou ainda que há outros medicamentos que matam pessoas em todo o mundo e que este tipo de notícias só serve para alarmar os consumidores.
O presidente da Associação Portuguesa de Alimentação Racional e Dietética (APARD), Raul Oliveira também mostrou o seu descontentamento face a este alarmismo. Representante de 130 empresas do sector, considera existir uma "campanha orquestrada para acabar com o sector dos suplementos alimentares" e prevê mesmo o aparecimento de novos casos nos próximos tempos. " Para o responsável da APARD não é alarmante que um produto (Depuralina) que vendeu em três meses 160 mil embalagens, possa ter causado reacções adversas em três ou quatro casos isolados – o chamado “risco residual”.
Raul Oliveira exige que a situação seja clarificada. Disse ainda que as vendas dos suplementos para emagrecer caíram 30%, uma vez que as pessoas estão com medo - medo esse que é baseado em meras suspeitas.
De acordo com a consultora IMSHealth, entre Março de 2007 e Fevereiro deste ano venderam-se cerca de 850 mil embalagens de suplementos para emagrecer.
Segundo dados de outra grande consultora que trabalha na área da saúde, a ACNielsen, em Abril do ano passado a categoria campeã de vendas, nas parafarmácias, foi a das vitaminas e complementos nutricionais, onde se inserem aqueles suplementos, totalizando vendas na ordem dos 2,2 milhões de euros, tendo sido os produtos de emagrecimento os mais vendidos (54,7 por cento).
Nas farmácias, segundo a mesma consultora, entre os medicamentos não sujeitos a receita médica, os produtos nutricionais estavam em segundo lugar: 32,9 cento de vendas, totalizando cerca de 97 mil euros
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