A destruíção do meio ambiente - Uma tendência irreversível?
(Henrique Rattner)
Desde a primeira Conferência das Nações Unidas, sobre meio ambiente em Estocolmo em 1972, não foram detectadas medidas eficientes para controle e redução na emissão de gases poluentes como gás carbono C02 e metano CH4. A partir de Estocolmo, pouco foram as medidas tomadas pelas nações, no intuito de reduzir suas emissões, só a partir de 1987 foi elaborada a agenda 21, onde foi listado metas e estratégias para superar os principais obstáculos ao desenvolvimento interno e externo. Vinte anos passados, foi realizada a segunda reunião em 1992 a Rio 92, no Brasil. Havia um grande otimismo em torno do assunto, no entanto, com o passar do tempo e o não surgimento de resultados efetivos, houve um certo desânimo. Anos depois, foi realizada a Rio+ 5 em 1997, com a participação de diversas representações governamentais, este evento foi fortalecido pela efetivação, no mesmo ano do Protocolo de Kyoto, no Japão, cujo os signatários se comprometiam a reduzir suas emissões em 5% com base em registros de 1990, no entanto, os EUA, a exemplo da decisão do seu Presidente Woodrow Wilson de não participar do tratado na liga das nações em 1919, o então Presidente W. Bush, também decidiu não participar, sob alegação de que tal redução, afetaria a economia norte americana, este fato novamente enfraqueceu o movimento ambientalista em todo o globo, pois como determinava o texto do protocolo, o mesmo só se tornaria efetivo, se 55% dos países signatários tivesse efetivado e confirmado sua participação, o que representaria 55% das emissões totais, sendo então, os EUA responsáveis por 25% , a sua não aderência ao protocolo, adiou por vários anos a sua efetivação, o que só veio ocorrer quando um outro grande poluidor, a Rússia, efetuou sua adesão. Desde 1997, com o surgimento dos “Países Emergentes”, com destaque para a China e a Índia, o mundo pôde presenciar um agravamento do efeito-estufa, em virtude do aumento da produção e consumo de carvão mineral. Em 2005, os alarmantes níveis de poluição, levaram o primeiro ministro inglês Tony Blair, a convocar uma Conferência Internacional para tratar do tema, e teve como base os relatórios do IPCC (órgão internacional constituído por cientistas e ambientalistas de diversos países e encarregado de registrar as mudanças climáticas no mundo). A contaminação do ar, da água e do solo, promovem profundas mudanças nas atividades humanas, com graves conseqüências a saúde, principalmente em crianças e idosos, decorrente do aquecimento global, reduzindo sensivelmente a qualidade de vida, uma vez que todas as atividades da raça humana se desenvolve neste habitat. Com pretexto de se solidificar um desenvolvimento econômico e financeiro, muitos países relutam em efetivar uma política ambiental sustentável, a omissão dos governos e a postergação de medidas que possam garantir a sustentabilidade de suas atividades econômicas em todo o mundo, condena-os a um quadro de degradação e aniquilação dos recursos naturais, cuja a utilização não obedece nenhum critério de utilização e renovação, o que certamente, em poucos anos colocará em xeque a existência humana, contudo, vale ressaltar, que tal postura, não é o único responsável pelo prejuízo ao bem estar dos seres humanos, soma-se ainda, a falta de políticas sociais consistentes que produzam melhores condições de saúde, educação e moradia digna ao povo, principalmente, nos países do chamado “Terceiro Mundo”. Os interesses econômicos de grupos inescrupulosos, produzem obstáculos de grandes proporções à implementação de diretrizes de proteção ao meio ambiente. No Brasil, como no restante do mundo, estas implementações também sofrem pressões de grupos de interesse meramente econômico, em detrimento da preservação do meio ambiente. Ao longo dos anos vem se acentuando uma ocupação predatória da Amazônia , estimulada pela produção agrícola de culturas como a soja, o milho e o algodão, a produção de cana e sobretudo, a exploração da madeira. As queimadas, o desmatamento e a poluição dos rios e do solo por agrotóxicos, mercúrio e chumbo, resultantes da atividade extrativistas e agrícolas, destroem os meios de sub-existência de pequenos agricultores, pescadores e tribos indígenas, que acabam expulsos de seu habitat natural sem possibilidade de retorno, levando-os aos centros urbanos onde amontoam-se sem quaisquer perspectivas de sobrevivência, elevando o caos social. O Brasil assinou o tratado de Kyoto, no entanto, não foi incluído no grupo anexo I - países industrializados que necessitariam reduzir abaixo de 5%, suas emissões de gases causadores do efeito-estufa, no entanto, cada vez mais, a sociedade internacional vem intensificando a pressão sobre o Brasil e as demais economias emergentes, no sentido de que estas, adotem medidas mais eficazes de redução de suas emissões de gases poluentes, principalmente o gás carbono (C02) e o metano (CH4), para que não submetam o planeta a sofrimentos intermináveis.
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