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A Evolução do Desmame em Humanos
(Miguel Prôa)

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A
linhagem da espécie Homo sapiens tem-se vindo a
desenvolver desde há dois milhões de anos e as condições, quer físicas quer
sociais, do ambiente humano, nomeadamente a disponibilidade de leite e de
alimentos infantis e a presença de doenças, sofreram várias e radicais
transformações desde os primórdios da linhagem até hoje, transformações essas
que vão, por exemplo, da ausência de controlo do fogo até ao seu uso universal
para cozinhar, ou das sociedades caçadoras-recolectoras até às sociedades
agro-pecuárias e às actuais sociedades desenvolvidas.
Todas
estas mudanças que ocorrem na Natureza, também as mudanças no ambiente
envolvente humano podem ter induzido alterações na biologia que se traduziram
em modificações na duração da gravidez, no grau de desenvolvimento do neo-nato
ao nascimento, na duração da lactação, na composição do leite materno e no uso
de alimentos de desmame e substitutos do leite materno.
Mais
do que isso, a selecção natural dos nutrientes, dos agentes anti-infecciosos e
de outros componentes do leite materno pode ter sido determinada pelos efeitos
da nutrição através da variação genética da composição do leite, da sobrevivência
dos infantis e talvez também da fecundidade e na resistência a doenças mais
tarde, na vida adulta.
Todos
os mamíferos enfrentam um dilema reprodutivo: as intensas carências energéticas
da lactação atrasam a reprodução futura da mãe. No entanto, o
desmame demasiado cedo acarreta variados riscos, incluindo o aumento da
mortalidade e da morbidez por doenças infecciosas e parasíticas que
potencialmente restringem o crescimento e o desenvolvimento. É
o balanço entre estas decisões reprodutivas que determinam o crescimento
populacional, as taxas de crescimento individual e a fertilidade feminina ao
longo da vida e que influenciam outros parâmetros da história da vida.
Os
humanos tendem a desmamar muito mais cedo do que os hominóides não humanos
mesmo que os infantis continuem dependentes dos adultos para subsistência
durante muito mais tempo quando comparados com a progenia de qualquer outro mamífero.
O
desmame tem sido visto como conceito central na teoria evolutiva, em relação a
estratégias sexuais e reprodutivas. Têm surgido modelos para
explicar a necessidade que um infantil tem de garantir a sua sobrevivência
através do uso de recursos maternos à custa de potenciais custos para futuros
irmãos.
A
maior parte da mortalidade infantil ocorre durante o período de dependência do
progenitor. Os conflitos entre os interesses maternos e os
interesses da sua progenia seriam ganhos pelos primeiros, considerando em
contexto de conflitos evolutivos.
Quando
à teoria da história da vida, o conceito de desmame também é central. Um
crescimento lento e um desmame tardio caracterizam as estratégias K e estão associados a ninhadas pequenas, a uma maturação sexual tardia, a grande
longevidade e a um tamanho cerebral relativamente grande.
Os
hominóides não humanos cuidam dos filhos por muito tempo e desmamam muito tarde. Isso aumenta a probabilidade de so



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