Ciência, Religião e Consciência Ambiental: Uma Reflexão Importante
(Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti))
Ciência, Religião e Consciência Ambiental: Uma Reflexão Importante.
Autor: Raimundo da Silva Santos Júnior (Juruti)
Em: 26 de abril de 2008
Não dá para aceitar que a religião seja o ópio do povo como disse Karl Marx, pois, não a vemos como adormecedora da capacidade crítica das pessoas. Hoje por exemplo, a maior fonte de alienação é a mídia televisiva, a qual retira dos telespectadores menos esclarecidos o direito da livre escolha, Marx teria que repensar o que disse para adequá-lo aos nossos dias.
Além do mais, hoje, as igrejas estão sendo bastante procuradas pelos intelectuais. À medida que o homem se emaranha na correria do mundo pós-moderno uma saída inteligente parece estar sendo buscar um lugar para desenvolver a espiritualidade.
A religião sendo uma crença em um poder sobrenatural, não pode ser colecionada, sendo a afirmação de George Bernard equivocada ou própria de sua experiência religiosa, pois, acreditar em todas as religiões é não ter criticidade, poder de escolha. Poderíamos porventura ser cristãos e satanistas ao mesmo tempo?
Não é possível em hipótese alguma acreditar e aprovar todas as práticas religiosas. Se formos críticos, haveremos de aprovar uma e desaprovar outra. Isso é natural de todos os seres humanos. É claro que nossa desaprovação tem que ser educada, ou melhor dizendo, devemos respeitar a liberdade de cada um de escolher sua fonte espiritual e de compreender o mundo.
A religião é uma crença pessoal e coletiva, validada apenas pela experiência. (Comênius, Bispo e maior Pedagogo do século XVII – O pai da Didática). Por isso quem vive a experiência religiosa, como cura espiritual defende sua crença até a morte. Quem não lembra do ocorrido com os cristãos da igreja primitiva, estes que não negaram a fé diante da morte.
Quando Albert Einstein comenta que a ciência sem a religião é manca e a religião sem a ciência é cega, está apenas confirmando que ambas precisam andar juntas. O homem não pode perder a noção de que é um ser criativo, no entanto tem que considerar seu limite, pois ao criar é necessário que reflita sobre os impactos de sua criação.
Toda criação humana traz benefícios e malefícios, citamos a invenção do avião que serve como meio de transporte, mas também como arma de guerra, o mesmo acontece com o carro, etc.
Quando a religião reconhece a importância da ciência e vice-versa, os envolvidos não correm os riscos de alienação.
Tanto cientistas quanto religiosos podem ser vítimas da alienação, basta que sejam cegos, defendendo apenas sua maneira de pensar. Assim como o religioso precisa dos remédios naturais da ciência, o cientista precisa dos remédios espirituais da religião para não transformar-se em PHDeus.
Concordamos que a religião é crença na existência de uma força/poder ou forças/poderes sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s) do universo, e que como tal deve(m) ser adorada(s) e obedecida(s). (Dicionário Aurélio). A afirmação de Aurélio não é pessoal, como a de Marx, George Bernard e Albert Einsten, mas é o resultado de uma pesquisa científica, levando em consideração as experiências vividas pelos povos envolvidos em sua respectiva religião.
Portanto é de suma importância que o homem ao discordar das concepções religiosas de seu próximo, o faça com sabedoria, reconhecendo que vivemos em um mundo marcado pela diversidade, para começar não somos todos parecidos, não gostamos das mesmas coisas. Somos marcados por diferenças pessoais, regionais e continentais. Não falamos a mesma língua. Cada indivíduo tem liberdade para realizar suas escolhas.
É claro que a escolha religiosa de alguém deve levar em consideração o princípio da solidariedade humana, do respeito mútuo, da tolerância recíproca e da sustentabilidade ambiental, para que seja considerada como uma escolha humanizada.
Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. (TIAGO 1:26).
Estes versículos bíblicos deixam claro qual o objetivo da religião, fazer o bem, praticar a solidariedade humana (visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações), o respeito mútuo, a tolerância recíproca (
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