"Missão do Salvador do mundo"
(Profs. de EBD)
Jesus chama atenção para a missão que veio realizar no mundo. No Evangelho de João, capítulo 4, dos versículos 31 a 38, e no capítulo 5, dos versículos 19 a 47, ele explana, claramente, o ministério que veio cumprir como Filho de Deus e Redentor dos homens. Em meio a estes discursos, três acontecimentos de marcante importância, ainda que distantes, geograficamente, um do outro: a conversão de uma aldeia samaritana (Sicar), e duas curas miraculosas, a do filho de um oficial do rei em Caná da Galiléia e a de um paralítico em Jerusalém. Para caminharmos com objetividade no dos referidos acontecimentos, vamos situar-nos em cada um desses momentos separadamente.
A CONVERSÃO DOS SAMARITANOS
Este episódio é narrado apenas por João. Os outros evangelistas não o mencionam, muito, provavelmente, por se referir a uma transformação ocorrida numa aldeia de samaritanos, o que para os judeus não era nada recomendável, tendo em vista a resistência que tinham eles a tudo que vinha de Samaria, em função do seu passado.
Dentro deste contexto é que devemos entender muito da história narrada nestes primeiros 30 versículos deste capítulo, e concluida nos quatro últimos. O que vai acontecer nesta cidade de Sicar, uma cidade de samaritanos, não aconteceu em nenhuma outra cidade por onde Cristo passou em seu ministério terreno. Praticamente, toda a aldeia vai se converter à mensagem do Senhor. Do diálogo de Cristo com aquela mulher samaritana verdadeiras pérolas teológicas podem ser retiradas. Os versículos 39 a 41 nos contam, então, sobre a grande transformação que ocorreu em Sicar. O que não aconteceu em Nazaré, em Cafarnaum, em Betânia ou em Jerusalém, cidades tipicamente judaicas, vai acontecer numa aldeia de infiéis e traidores, aqueles que renegaram a cidadania de Israel. Muitos creram pelo testemunho dela, a mulher samaritana primeiro e, depois, muitos outros vão crer pela palavra de Cristo. Ao final dos três dias ali passados, o testemunho que deixam no versículo 42 relata-nos um feliz fim da história.
A CURA DO FILHO DO OFICIAL DO REI
O episódio que João narra não tem correspondência nos demais Evangelhos. A história aqui descrita toma o título de cura do filho do régulo, ou do oficial do rei, sendo digna de destaque a insistência do homem para que Jesus descesse (Caná ficava nas montanhas, enquanto Cafarnaum estava à beira do Mar da Galiléia), a fim de curar o seu filho que estava enfermo. Diante da palavra do homem em 4:50, o Mestre lhe fala: "Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu". O resto da história é bem conhecido. O oficial desceu de Caná e só vai chegar em sua casa em Cafarnaum no dia seguinte, quando seus servos o informam de que seu filho melhorara. Indagando a hora em que isto ocorrera, o oficial verifica que fora, exatamente, no momento em que, na véspera, à 1 hora da tarde, o Senhor lhe dissera: "o teu filho vive".
Muitas vezes, não temos esta predisposição tão resoluta em crer nas promessas do Senhor. Não que duvidemos delas, mas ficamos como que aguardando confirmações ou indicações de sua eficácia. Tais quais Gideão, ficamos aguardando o velo molhar-se ao orvalho. Tais quais Tomé, ficamos esperando ver e tocar as feridas do Mestre. O oficial do rei nos ensina muito. É "crer e descer" para ver, na arena da vida, a bênção de Deus se cumprir.
A SUA MISSÃO
Como já mencionamos, 31 a 38 do capítulo 4 e, principalmente, os 19 a 47 do capítulo 5, são um precioso repositório de informações sobre o relacionamento do Pai e do Filho na missão que a este foi delegada de ser o Salvador do mundo. Em poucas outras páginas no NT, veremos as doutrinas da antropologia (homem), da soteriologia (salvação), da escatologia (morte, juízo, céu, inferno) e da eclesiologia (igreja, reino), tão bem expostas quanto neste texto.
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