BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Sistema de Cotas nas Universidades Públicas - Parte II
(Nadeja)

Publicidade
Sistema de Cotas nas Universidades Públicas - Parte II

   Alguns dizem que as cotas irão gerar uma diminuição da qualidade média dos alunos das universidades federais, devido a má formação do aluno na escola pública, o que poderia portanto, degradar o ensino universitário público, ou ainda, que tal medida seria uma injustiça com os alunos que pagam por um ensino de qualidade, ou seja aqueles que possuem melhor condição financeira e consequentemente maiores oportunidades de se tornarem campeões.
    É interessante observar esse tipo de comentário, mais interessante ainda é analisar essa inversão de valores e tentar compreender o conceito de justiça nessa nova abordagem, pois num passe de mágica, as vítimas do ensino público, em sua maioria pobres e negros, passaram para o papel de vilões. No entanto, devemos reconhecer que esse tipo de comentário demonstra inteligência e um nível de crueldade requintado. Não há dúvidas que o atestado de imcopetência concedido aos alunos da rede pública lhes é dado de forma sutíl e parcimoniosa, afinal, desde cedo, estes recebem doses homeopáticas de incapacidade de desenvolverem um pensamento crítico e se indignarem com a situação; pobres coitados; só não são completamente inúteis pois carregam consigo a responsabilidade de financiar a educação universitária dos ricos.
    Apesar do futuro obscuro previsto por alguns nas universidades públicas, os fatos apontam que a primeira universidade de grande porte a adotar o sistema de cotas, a UERJ, os cotistas tiveram um desenvolvimento superior aos demais alunos. É claro que este fato não se torna um indicador de que as coisas sempre serão assim, no entanto, de efeito imediato, derruba e dismistifica a teoria de que o cotista seria uma ameaça à qualidade de ensino nas universidades.
    Ainda estamos longe de alcançar a perfeição no sistema educacional brasileiro, e críticas sérias e desprovidaes de carga preconceituosa são fundamentais para o engrandecimento e aprimoramento desse sistema.
    É necessário traçar metas e objetivos. Perpetuar o sistema de cotas no país apenas acentuaria o preconceito. Na verdade, o que se objetiva a médio e longo prazo com as cotas, é alcançar amplas camadas desfavorecidas da sociedade e inseri-las nas mais diversas áreas e ambientes profissionais, inclusive aqueles restritos e subordinados aos que possuem maior poder econômico.
    Não podemos esquecer também, que o sistema de cotas com objetivo de inclusão social é uma reivindicação histórica do movimento negro e demais movimentos sociais e estudantis organizados, enfim, é uma reivindicação do povo para o povo, o que por si só lhe dá credibilidade suficiente para ser analisado com a atenção e o respeito que o problema demanda.
    O sistema de cotas também pode ser encarado como uma forma encontrada pelo país de se desculpar de seu passado escravocrata e pela pobreza, exclusão e exploração secular impostas a grande parcela de seus cidadãos.
    No mais, defender o sistema de cotas é sem dúvida uma questão de cidadania, no entanto aceitá-lo ou desprezá-lo de forma alienada e sem maiores questinamentos é um disparate. Debate, crítica e informação são pontos fundamentais para se traçar novos rumos e quem sabe eliminar de forma definitiva as disparidades existentes no sistema educacional brasileiro.    



Resumos Relacionados


- Sistema De Cotas

- Jornal O Tempo

- Não A Política De Cotas Raciais, Sim A Política De Inclusão

- Www.diario.com.br

- Vestibular



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia