Resumo de Isabella - Herbert Gonçalves Espuny

Isabella...perdemos todos!
Perdemos uma jovem alegre, sorridente, que tinha gastado tão somente 5 de seus promissores anos de vida...
Perdemos com um crime terrível, no qual os assassinos não deram chance a uma criança indefesa, que tudo o que queria da vida era... viver!
Perdemos toda a sociedade na qual as crianças acompanham terrível noticiário, no qual se vêem vítimas de uma insanidade...
Perdemos o tempo da polícia e da justiça ao analisar um caso que remete à crueldade das sociedades primitivas...
Perdemos, também, o brilho no olhar de famílias, sobre as quais a desgraça se abateu...
Perdemos, enfim, pais que já não terão sua filha...
O que ocorreu naquele 29 de março? À luz da ciência criminológica talvez cheguemos a conclusões difíceis de serem aceitas... A mesma razão que se aplica à descoberta do mistério, reluta em aceitar as conclusões que vão se impondo...
De uma forma ou de outra, há uma insatisfação no ar... O autor do célebre Sherlock Holmes, Sir Connan Doyle, colaborador da Scotland Yard, afirmava que uma hipótese - por mais improvável que fosse - sendo a única admissível, muito provavelmente era verdadeira.
Neste caso, qualquer que seja a verdade, é igualmente triste: se os pais (pai e madrasta) mataram a filha, perdemos os valores da família, perdemos o carinho que se dá a um inocente, perdemos a família como base de proteção à indefesa criança... Se alguém mais praticou este ato insano, perdemos a Isabella para um (ou mais!) homicida que mata sem razão, que volta sua atitude tresloucada para o pescoço de uma criança e completa sua obra nefasta atirando-a andares a baixo...
De qualquer forma, perdemos todos!
Como esperança, que desta desgraça possa ter um lado de conforto, que sirva de exemplo, seja para pais potencialmente homicidas, seja para assassinos desconhecidos e tresloucados, que a sociedade brasileira nunca mais tenha que se lamentar de outras isabellas... Que nós nunca mais tenhamos que perder tanto em episódios como este... Que as nossas crianças possam ganhar, com a morte de Isabella, pessoas mais conscientes de que a vida humana é extremamente frágil...e, ainda mais, a vida de uma criança de 5 anos.

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