Resumo de Na Praça da Estação - Cleiton Lopes da Cunha

Crônica

Num desses, sabe: Naqueles dias em que você acorda determinado a fazer algo diferente do que está acostumado a fazer.
Era um domingo, e eu lutando contra a mais dura lembrança que vinha a minha mente naquele momento, a certeza de que o dia seguinte seria a bruta segunda feira.Acordar cedo, pegar o ônibus lotado, é melhor esquecer...
Enfim, continuando: Tive uma idéia! Peguei um livro que um amigo havia me emprestado e fui dar uma volta, logo de manhã. O dia estava lindo, um sol escandaloso, o tempo propício para tomar um banho de piscina, uma cerveja gelada, sabe lá, estava um dia convidativo e animado.
Mas, eu, estava daquele jeito, só pra mim!Reflexivo, pensativo, procurando encontrar respostas para algumas indagações, e anseios da vida. Sem contar alguns conflitos provenientes da “Guerra dos Sexos”, dos quais qualquer pessoa que possua um relacionamento com alguém do sexo oposto está sujeito... Pois, como dizia o Barão de Itararé: “O homem é um animal que pensa e a mulher uma animal que pensa o contrário”.
Vamos esquecer esses conflitos, por alguns instantes!
Saí, então sem rumo certo, literalmente... Fui “bater pernas”! Pra tentar relaxar um pouco, me desprender da realidade.
Em se tratando da realidade, como se não bastasse os nossos problemas cotidianos ainda, temos que suportar ou sofrer, o bombardeio de notícias ruins que invadem nossas casas pela Televisão... E se proliferam nas esquinas, nos bares, no ônibus, e em todo lugar, como por exemplo do caso da menina Isabela.... Notícias estas, que parecem competir entre si... E na intenção de descobrir qual impressiona mais?!
E eu, na minha busca, na minha odisséia, por um lugar tranqüilo, vou adentrando ruas, passo em portas de botecos, e logo penso em procurar por alguns amigos, mas descarto a idéia, pois tudo que queria era ficar sozinho... E beber naquele momento de introspecção era o que eu menos queria.
Queria me concentrar na leitura, daquele Livro, em um lugar sossegado... Com o mínimo de barulho possível. Talvez um banco de uma praça, qualquer lugar sei lá!
Fui parar na praça da estação! Aquela rua calçada, flores, casais de namorados se beijando, crianças brincando... Uma visão romântica da minha cidade, da nossa cidade, um lugar perfeito para aquela ocasião.
Me desprendi do tempo, ainda tão cedo!!!
E, eu sentado no banco da praça da estação, só me faltava aparecer um ladrão, só pra rimar... Mas, e se isso acontecer mesmo?!Em plena luz do dia? Do jeito que as coisas andam...
Ah! Ele vai se arrepender, ou melhor, vai se frustrar, pois levo comigo apenas um livro: “O Alquimista” (de Paulo Coelho).
Livro em que ele dizia: “Se você deseja algo do íntimo do seu coração, o universo conspira a seu favor”.
Só que dessa vez não...
Cleiton Lopes da Cunha
www.camarabrasileira.com/cleiton.htm
29/04/2008

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