Glaciares
(C. Marcet)
A água que cai sobre a terra em forma de neve acumula-se nas zonas altas das montanhas e, se não se funde, pode alcançar espessuras consideráveis. Neste caso, a pressão gerada pelo seu peso compacta a neve, transformando-a em gelo. Este material sólido pode tornar-se plástico e, se o relevo o permitir, deslocar-se como se tratasse de um líquido, embora a uma velocidade muito inferior. Formam-se assim os glaciares, cuja imensa massa de gelo, bem como a energia que libertam no seu movimento, determinam uma intensa acção erosiva. Ao alcançar cotas de menor altura, o gelo funde-se e deposita os materiais arrancados e transformados pela sua acção. A acção erosiva vai modelando o seu fundo numa forma de U característica, com intensidades proporcionais à espessura do gelo. Esta potência diferenciada faz com que, ao dar-se o afastamento do glaciar, permaneçam vales suspensos nas zonas de confluência, por ter atingido maior profundidade aquele que possuía um maior caudal. Quando a língua do glaciar chega ao mar, a erosão continua abaixo do nível deste e, ao afastar-se o gelo, forma-se um vale em forma de U, embutido, no qual penetra o mar. Trata-se do popular fiorde, característico das costas de latitudes altas.
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