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O estresse do meio ambiente
(''Ciência Hoje'' - Diogo Loretto e Ana Claudia Delciellos)

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O estresse a que estamos acostumados decorre da correria do dia a dia do mundo moderno.
Mas, infelizmente, este problema não ocorre só a nós, humanos. Segundo pesquisas, há mais de 100 anos começou a se perceber que os agentes estressantes atuavam tanto na evolução dos organismos como na manutenção da biodiversidade. O estresse nada mais é que a consequência natural de um ambiente competitivo, e isso afeta as pessoas e todos os organismos vivos.
Já em 1859, com a "Origem das Espécies", Darwin dizia que as espécies eram moldadas por forças ambientais e pela competição com outros organismos. Mas foi Mendel quem descobriu que a hereditariedade influenciava diretamente na diferenciação das espécies. Foi então que Darwin concluiu que interações entre os organismos, juntamente com o estresse ambiental, influenciariam definitivamente a variação e evolução das espécies. Para o naturalista, referir-se às condições externas, como clima e alimento como sendo a única causa possível de variação não faz sentido.
Pois a competição só termina quando atingimos os extremos da vida, em regiões como o Ártico ou nas fronteiras de um deserto.  
Cento e cinquenta anos após a publicação de "A origem das espécies", sabe-se que as idéias de Darwin das forças determinantes da abundância e distribuição das espécies são limitantes nos dias atuais. O estresse ambiental começou a ser estudado na década de 40, com a mosca-das-frutas. Mas os resultados das pesquisas não tiveram muita repercussão. Porém, nos anos 90, com a conscientização ambiental global, as atenções se voltaram para o tema.
O estresse ambiental é potencialmente prejudicial, pois assim que ele se estabelece pode causar a diminuição da aptidão do organismo no processo reprodutivo e a redução ou mudança nas funções do organismo. Há um consenso, portanto, que nem sempre o que é estressante para um organismo tem o mesmo efeito para outro. Se colocarmos um indivíduo de urso polar e um de mosca-das-frutas a uma temperatura de 25°C, provavelmente o urso morrerá com o corpo superaquecido, e a mosca estará numa situação muito boa para sua fisiologia.
A maioria dos agentes estressantes parece não causar grandes distorções na aptidão dos organismos porque há uma "plasticidade" (tolerância)nos hábitos, na fisiologia e na genética desses organismos. Esta capacidade de tolerância pode ser uma resposta a um agente de estresse ambiental e pode ser ampliada, caso o estresse não atinja níveis letais em pouco tempo.
Atualmente o ser humano é um dos maiores responsáveis pelo desenvovimento de fontes de estresse, como a poluição das águas, o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis.
Tanto agentes biológicos como não biológicos podem causar grandes mudanças na evolução dos organismos, o que é chamado de seleção sob estresse. Antigamente pensava-se que mutações do código genético eram causadas apenas por erros no processo de replicação do DNA de uma geração à outra. Hoje sabe-se que a ação do ambiente é forte o suficiente para alterar linhagens inteiras, mesmo que o indivíduo tenha plasticidade para assimilar as pressões ambientais e até prduzir proles férteis.
Compreender os processos ligados a atuação de agentes estressantes não é fácil e a ciência moderna chega a um nível de conhecimento onde os processos micro (genético), meso (individual) e macro (ecossistêmico)  são fatores determinantes no sucesso ou não de perpetuação e evoução das espécies.



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