BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Descobrimentos e colonização
(Janice Theodoro da Silva)

Publicidade
O objetivo de Janice é através desta obra esclarecer ao leitor as formas como se deram algumas descobertas, além disso permitir o conhecimento de nossa América através do transplante do projeto cultural ibérico, fornecendo um texto com um linguajar simples e de fácil compreensão.
Ela menciona várias passagens com riquezas de detalhes que permite nosso imaginário visualizar, por exemplo, as grandes navegações, o homem medieval se divertindo com o medo e o prazer que o imaginário dele lhe proporcionava, nos permite inclusive ver o primeiro relógio introduzido num edifício publico nos anos 1344.
Processos históricos e sua evolução natural é a principal fonte-base para Janice, tendo em vista que a obra é construída em continuidade, ou seja, não há um rompimento entre um fato e outro.
De forma bastante simples e complexa, a autora aborda aspectos importantes para explicar cada transição dos fatos, sem deixar de mencionar a posição da igreja ela explica como o pensamento cristão adaptou-se à política expansionista, onde através da teatralidade e agilidade do cristianismo permitia-se uma rápida penetração da doutrina entre os povos, conclui-se, portanto que as igrejas foram o suporte básico em que se assentou todo o projeto colonizador, não deixando de mencionar que Portugal e Espanha também impunham sua representação à sociedade; com isso foram grandes as transformações corridas na economia européia.
Janice também menciona Marco Pólo, um integrante do “Grande Conselho de Veneza” que ao morrer em 1.324, deixa vários relatos de suas viagens, onde ele reinterpreta a geografia, procurando através dela impor sua narração como verdade plena.
Ela descreve como a população passou a lidar com o tempo após a implantação do relógio, que passou a fazer parte daquela sociedade apartir de 1.344 e até 1.370 somavam 33.
É importante ressaltar, como ela mesma coloca que na idade média ninguém se preocupava em medir matematicamente o tempo porque a Deus cabia o controle do destino de todo ser humano; portanto ninguém precisava ter pressa, pois não faria nada além do que Deus havia determinado.
Através desta perspectiva, podemos compreender o significado do tempo na história das Américas coloniais portuguesas e espanholas, pois enquanto a Europa enfrentava um processo de racionalização do tempo a América o percebia numa dimensão una como postulava o pensamento cristão.
Segundo o terceiro parágrafo da pagina 29, o massacre do Templo Maior em Tenochtilán, nos mostra o tempo do gesto destruidor, e nele, a forma da conquista, entretanto, para manter a supremacia de Deus, era necessário destruir a dignidade do indígena rapidamente e de forma teatral.
Tanto a igreja quanto os europeus emigrados podiam utilizar indiscriminadamente a mão de obra indígena, porém, esta concepção de tempo forjada pela igreja vai definir a natureza das relações de trabalho do Novo Mundo, pois para a igreja, não se pode dissociar o tempo de trabalho do homem que o produz, esta unidade é indivisível.
A autora relata que o espaço envolvia uma dimensão mítica, onde ele era representado por uma figura capaz de exprimir e hierarquizar o pensamento religioso e a riqueza de cada um dos continentes através de uma imagem.
Em sua obra ela também nos conta que as navegações no atlântico partiram do pressuposto de que a terra era redonda, e nesse sentido o mapeamento do mundo é uma prova de força, de domínio absoluto da Europa sobre os “outros” habitantes do globo.
A invenção da perspectiva na pintura é contemporânea às grandes navegações e corresponde também à representação de uma imagem a partir de um único ponto, este efeito é tão surpreendente quanto imaginar que a terra flutua no espaço.
A reprodução das três dimensões do espaço, permite também a reconstrução do mesmo espaço cênico europeu na América, pois nela o colonizador representa o que sonhou, desejou, viu ou viveu, porém tais valores precisavam ser reconstruídos hierarquicamente para manter a estrutura de dominação.
Até para a autora é difícil explicar a enorme violência que resultou dos primeiros anos de contato entre Europa e Novo Mundo, pois colonizadores destruíram sem cessar e com enorme precisão e perfeição cênica, por outro lado, os indígenas haviam se convertido à essência do pensamento cristão, e as culturas pré-colombianos, por si mesmas questionavam a universalidade dos conceitos europeus ameaçando o eurocentrismo.



Resumos Relacionados


- Ocidentalização Do Japão - Uma Semeadura Portuguesa

- A América Que Os Europeus Encontraram

- Filosofia Da Religião

- L´atlantique De La Modernité: Le Parte D´afrique

- Por Que Estudar Maria



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia