Linguagem E PERSUASÃO
(CITELLI; Adilson.)
LINGUAGEM E PERSUASÃO
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15. ed., São Paulo: Editora Ática, 2000.
A obra Linguagem e Persuasão têm como objetivo identificar se o discurso sempre será persuasivo e se for positivo, como que é realizada a construção da linguagem persuasiva. O autor responde a estas questões, dividindo o livro em seis partes, cada uma tratando de um tema que será mais bem compreendido na devida seqüência do mesmo.
Intencionalmente o autor indaga se é possível informação sem persuasão, e só através do estudo da obra na sua devida seqüência o leitor terá condições de responder facilmente esta questão.
No capítulo que escreve da tradição retórica, o autor distribui o capítulo em diversos subtemas de grande importância para compreensão da obra. O conhecimento da retórica é fundamental para compreensão da linguagem persuasiva. O autor retoma o estudo na Grécia antiga, na obra de Aristóteles a Arte retórica, esta foi desenvolvida pelo grande pensador grego que dividiu e estruturou a retórica. A retórica era utilizada na Grécia como forma de ciência.
A verdade e a proximidade com o real, o vazio da retórica e as figuras de linguagem utilizadas na construção persuasivas são analisadas pelo autor de forma superficial, mas de fácil compreensão.
No capitulo intitulado Signo e persuasão o autor mostra a importância da natureza do signo lingüístico, as ideologias, o eufemismo e o discurso dominante e autorizado. O signo lingüístico é ferramenta indispensável na criação de discursos ideológicos. O eufemismo também é uma forma de inculcar ideologias da classe dominante. E os discursos dominante e autorizado são meios parecidos de repassar ordens e manter a sociedade da forma pretendida da classe dominante, ou seja, o Estado.
No capítulo seguinte é conhecida a modalidade discursiva, estas são dividas em discurso lúdico, polêmico e autoritário. Também é de fácil compreensão a exposição do autor, pois, o mesmo utiliza exemplos de fácil entendimento.
Na última parte do livro o autor aborda os textos persuasivos, os que são usados na publicidade, no discurso religioso, no discurso do livro didático, na literatura, e no discurso dos justiceiros. Sem dúvida alguma, a persuasão, ou seja, o convencimento é a arma da publicidade. E, também não é difícil de perceber o poder de persuasão que é utilizado nas instituições religiosas. Este discurso religioso é bem aceito, pois, segundo o autor está autorizado por uma entidade superior.
No livro didático também é encontrada a construção de linguagem persuasiva. Pois, o Estado é o controlador de todo sistema educacional público e privado do país. Assim, ele dispõe de um meio muito eficaz para inculcar na mente das crianças e jovens suas idéias. Veja bem, quantas histórias já foram derrubadas pelo tempo e que nos livros didáticos tínhamos como verdade.
A linguagem persuasiva na literatura é o meio pelo qual o escritor tem para realizar suas fantasias ou questionar a realidade. E, o discurso dos justiceiros que o autor dá alguns exemplos. Discurso estes bem aceita por algumas camadas da sociedade.
A obra Linguagem e Persuasão é bem reflexiva, não aprofunda em nenhum tema, o próprio autor, instiga o leitor a pesquisar e aprofundar nos temas abordados. Certamente é uma obra que contribui e muito para o iniciante.
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