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Visão Judaica
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A maioria dos estudiosos brasileiros, que procuram buscar as origens do Carnaval brasileiro aliam a idéia da vinda de imigrantes portugueses, originários das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram um tipo de brincadeira em que as pessoas se divertiam jogando confetes, farinha, água com limão, uns nos outros. 
    Segundo a escritora, doutora em Língua Hebraica, Literaturas e Cultura Judaíca pela USP, que é professora adjunta, fundadora e ex-diretora do Programa de Estudos Judaícos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, muitos portugueses trouxeram o Carnaval para o Brasil e tinham em suas origens uma vida judaíca e a mantinham em segredo. Esses judeus portugueses vieram fugidos da inquisição na Europa. Essas pessoas tinham uma vida dupla, onde escondiam as suas origens judaicas, e mantinham como aparência uma vida exterior como católicos romanos.
    Querendo camuflar as suas práticas religiosas, os judeus portugueses fizeram surgir um sincretismo religioso, onde se fundiram as práticas religiosas católicas com a judáica, associando a figura de "Ester" com a da "Virgem Maria", isso tudo para driblar as desconfianças da sociedade e dos inquisitores. Os judeus portugueses foram abrigados a abandonar certas cerimônias da sua fé em favor de práticas menos conhecidas, onde substituíram as circuncisões pelas orações e vigílias domiciliares, e também, de guardar certas datas, como o Ano Novo, pelos jejuns.
    A escritora diz que são muitos os laços que unem a celebração do Purim ao Carnaval brasileiro, em seu aspecto ancestral arquétipo da festividade, e a inquisição da época, aliada a imigração portuguesa, e no que se refere a cerimônia do Purim, menciona a Rainha Ester, em que a sua figura fora aliada a da Virgem Maria. De certa forma a escritora faz uma interrogação à tamanha atribuição em importância de ambas para a religião , que isso seja típico de culturas machistas, e que  tem um caráter subversivo. 
    Em Ester, figura bíblica, este caráter que a põe na mais alta estima, se acentura, ao torná-la cúmplice da articulação de uma trama perigosa, ao tornar-se protagonista da mesma e  ao conseguir um contra-decreto real,  salvando seu povo do extermínio, quando da perseguição de Hadassa. 
    Na cerimônia do Purim a dualidade  começa no ambiente de tristeza que é transformada em alegria pela ação de Ester e seu primo, e não tio, e a alegria está na dualidade da tristeza de Purim e da vida.



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