Aids – A busca da cura continua...
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
AIDS – A busca da cura continua...
A grande novidade foram os inibidores de protease, lançados em meados da década de 1990. 18 dos 21 pacientes testados inicialmente passaram bem e 98,6% dos vírus foram eliminados. Não se pode falar em cura ainda, embora o coquetel tenha feito a quantidade de vírus despencar. A minoria sobrevivente estão onde a droga não entra. Os inibidores provocam náuseas, danos aos rins e no fígado. Em longo prazo, engolidos dia após dia tais remédios podem causar males fatais como o câncer. Em todo o mundo, a AIDS está longe de ser controlada, para 94% dos portadores, gente pobre e sem recursos, o tratamento custa cerca de mil dólares por mês, mas tende a baixar com a quebra recente da patente.
Além da ameaça dos efeitos colaterais e do mal estar no bolso, há outro fator para se desconfiar do uso indiscriminado de inibidores de protease: não há garantias de que poucos vírus sejam mais saúde por mais tempo. A FDA demorou a recomendar os exames de carga viral, para a entidade, a quantidade de vírus não seria um dado conclusivo sobre a saúde de alguém. O que se sabe é que quanto mais o vírus se multiplica, maiores as chances de sofrer mutações, que o tornam mais apto a vencer o corpo humano. Pesquisas recentes provaram que o vírus nunca está dormindo. O portador saudável produz cerca de 10 bilhões de HIV por dia, porém outros tantos são aniquilados pelo sistema de defesa diariamente; de vez em quando o HIV faz cópias erradas de seus genes. As cópias alteradas podem torná-lo mais resistente aos remédios ou sistema imunológico, quando se tornam maioria absoluta controlam o organismo. Vejamos como os remédios tentam impedir o avanço do HIV:
A) A molécula GP 120 do vírus se encaixa no receptor t4, então a cápsula do HIV consegue entrar. Moléculas como as quemoquinas poderiam barrar sua passagem.
B) Na célula, o vírus usa a enzima transcriptase reversa que traduz seu RNA para DNA, pois só assim, fitas de DNA podem entrar no núcleo. Drogas como o AZT e seus parentes, o DDI, o DDC, o D4T e o 3TC destroem as enzimas tradutoras; assim o RNA não vira DNA.
C) As peças de um novo HIV, coladas umas nas outras saem na forma de um inofensivo vírion, um vírus imaturo. A enzima protease separa e monta essas peças, amadurecendo o HIV. Os inibidores de tal enzima são a última esperança para impedir a reprodução do vírus.
Terapias biológicas baseadas em substâncias produzidas pelo próprio organismo, podem atingir pontos que as drogas anti- HIV não alcançam. Gestantes devem tomar AZT a partir do 4° mês de gravidez. Foi provado que a substância não prejudica a criança e a s chances de contaminação caem de 26 para 8%. Os novos inibidores de protease ainda não servem para os bebês o problema é o gosto insuportável na forma de gotas pediátricas. A indústria não resolveu o problema. Uma alternativa seria combinar os potentes anti-virais com substâncias biológicas. As quemoquinas, capazes de barrar o HIV e não são tóxicas como as drogas e ainda aumentam as chances de uma vacina. Sendo o vírus mutante, algo que o destrói hoje, amaná pode deixá-lo passar ileso. Há mais de 100 vacinas em testes com voluntários, mas uma eficaz, só daqui a 10 anos. (Talvez)
Fonte de pesquisa: Globo Ciência
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