Fantasias Privadas
(Revista Máxima)
Podem ser partilhadas ou guardadas só para nós. O importante é que existam. As fantasias estão para o sexo como os sonhos estão para a vida. Requerem apenas a imaginação. Mas trazem prazer e valor acrescentado.
Mick Jagger a dançar sensualmente para nos seduzir. Johnny Depp totalmente rendido, aos nossos pés, num ambiente 100 por cento romântico. Um momento fugaz com um desconhecido num local público. O nosso parceiro a revelar-nos uma faceta desconhecida, mas ardente e arrebatadora. Ou simplesmente a memória de um momento especial em que ele nos proporcionou prazer, a repetir-se vezes sem conta na nossa mente.
Toda a gente tem capacidade para fantasiar. “É um processo como o de imaginar, de recriar, de elaborar e reelaborar no espaço imaginário”, comenta a psicóloga e terapeuta sexual Ana Alexandra Carvalheira. E acrescenta: “somos todos capazes de idealizar o parceiro amoroso, por exemplo, e a fantasia é um processo semelhante”.
Mas na era do prazer, as fantasias sexuais curiosamente ainda pertencem, de uma certa forma, ao universo tabu. E mesmo a nível académico, o assunto demorou a despertar interesse.
Freud colaborou para o ostracismo das fantasias sexuais quando, no início do século passado, afirmou: “uma pessoa feliz não fantasia, apenas aquelas que se encontram insatisfeitas”.
Os estudos mais modernos sobre o tema, no entanto, revelam que o pai da Psicanálise estava equivocado. Sublinham que as fantasias não existem para compensar a falta de actividade pouco satisfatória. Destacam a sua importância para o enriquecimento da sexualidade e indicam que a associação entre fantasias e uma vida sexual saudável é directa e estreita.
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