O Movimento Hippie, 40 anos Depois.
Paulo Roberto I
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Parecia um sonho, desfrutar a juventude, livre de todos os conceitos e preconceitos. Livre para criar a própria moda. Livre para usar o corpo na mais plena liberdade. Livre para ir onde quisesse sem dar satisfações a ninguém, nem ter de preocupar em dizer a que hora chegaria em casa, pois a casa agora era o mundo.
Apoiados pela sempre famigerada mídia, que à busca de matérias gratuitas divulgava o novo Movimento, a rebeldia dos anos 60 ganhava status no meio juvenil. Qualquer pequena desavença era motivo para que os filhos abandonassem seus lares à busca de uma felicidade ilusória que lhes parecia sorrir.
Como companheiros dessa jornada se apresentaram: sexo, droga e rock-and-roll, abduzindo os jovens para uma esfera nova de vida onde poderiam com liberdade experimentar esta tríade com todas as suas conseqüências.
Aids, Tráfico de Drogas, Superlotação Carcerária, Desvalorização do Casamento, Maternidade Indesejada, Paternidade Irresponsável, Violência etc., etc., etc.. Reflexos imediatos deste Movimento Sócio-Cultural denominado Hippie.
É quase inacreditável, 40 anos depois poder imputar a este Movimento que pregava a Paz e o Amor males tão impregnados aos dias atuais. Males que atormentam o dia-a-dia de muitos que nem ouviram deste Movimento falar.
Disse JESUS:
Deixo-vos a paz a minha paz vou dou, não vo-la dou como o mundo a dá.
(Jo 14:27)
A busca de uma Paz humana, sem a participação do Criador da humanidade é um estado cruel de insanidade que traz em seu bojo efeitos colaterais funestos.
Uma apresentação com dois aspectos fortes se fez manifestar. O lado Social, caracterizado pela saída dos jovens do convívio familiar às vezes transferindo-se para comunidades. Que se somou ao lado Cultural, onde estes cobriam suas despesas confeccionando objetos artesanais dos mais variados. Alguns Hippies eram adeptos dos lados cultural e social, enquanto outros, apenas do lado cultural. Esse era o meu caso. Nunca saí do meu lar, bem como a minha família me acompanhava, tanto na confecção dos artesanatos, quanto na exposição e venda deles.
No Brasil, a maior manifestação do Movimento Hippie se fez notar através da Feira de Arte e Artesanato da Praça da República em São Paulo-SP. Com uma visão bastante além de seu tempo Enomar Jacob, junto à Prefeitura de São Paulo, deu início à organização desta mostra de Arte e Artesanato que em seu tempo foi a maior Feira de Arte ao ar livre do Mundo. Jacob, de quem me tornei, concunhado, através da Associação dos Artesãos da Praça da República selecionou a dedo mais de dois mil expositores, tendo no máximo três com o mesmo tipo de trabalho. Assim, a Feira Hippie, como ficou chamada, passou nas décadas de 60 a 90 a ser ponto Turístico de visita obrigatória a todos aqueles que visitavam a Capital de São Paulo. Hotéis paulista não podiam deixar de recomendar aos seus hóspedes os souvenirs encontrados na Praça da República, os quais por esse método se espalhavam por todo o mundo. Somente o lado cultural, do qual fui participante dentro do Movimento, deixou uma lembrança positiva para a sociedade, onde trabalhos dos mais diversos tipos, com técnicas das mais variadas foram comercializados diretamente por seus produtores a turistas do mundo inteiro.
E foi como participante do Movimento Hippie, com 25 anos de idade, que em 11 de Setembro de 1.981, JESUS, vivo e glorificado, me apareceu, residindo eu no bairro de Pirituba, numa localidade chamada Chácara Inglesa, que anteriormente denominou-se Fazenda Belém. Estando eu a portas fechadas em meu quarto, com a luz apagada. Numa manifestação totalmente sobrenatural, onde Ele era totalmente luz, enquanto o quarto continuou totalmente escuro. Com voz potente e com distorção me dirigiu a frase
EU TENHO MARAVILHAS A TE MOSTRAR...
Este episódio desestruturou-me todo como ser humano, pois eu parecia me desintegrar sob a influencia daquele momento. E por muito tempo, meus familiares me deram por louco, tamanho o impacto causado pela aparição.
Somente 18 anos após, já residindo na cidade de Taubaté-SP, que pude de forma madura e ordenada escrever das MARAVILHAS que me foram MOSTRADAS. Isso resultou numa série de cinco volumes, as quais lancei no Solar das Artes na cidade de Taubaté sob o título de EU TENHO MARAVILHAS A TE MOSTRAR...
Como conseqüência da aparição e da promessa manifesta por iniciativa do Senhor glorificado, hoje já depois de quase 27 anos, vivo um estado de Paz, indizível, que iniciou naquele 11 de Setembro – exatamente 20 anos antes do Ataque às Torres Gêmeas. Não a paz e o Amor que o Movimento Hippie buscou e não conseguiu transmitir.
Mas a paz que excede todo o entendimento, que só JESUS pode definitivamente conceder.
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