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A UTOPIA VIÁVEL
(PAULO VALLADA)

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A VIDA, HOJE!....
   A vida, hoje, como sempre foi,  é comunicação.. Todavia e apesar de  termos  cada vez mais  meios de informação à nossa disposição,  a comunicação entre os humanos  diminuiu. Parece que andamos todos nervosos e desconfiados uns dos outros. Se temos uma reunião de condomínio é uma chatice porque lá temos de ir aturar aquela gente toda... A pressa predomina  e faz-se tudo com pressa. Há concursos disso nas empresas chinesas,  onde eu vi duas funcionárias em disputa para apurar o total de uma resma de facturas. No Japão, enquanto almoçam, as pessoas,  ou lêem relatórios de  empresas ou outra coisa qualquer. Hoje é tudo à pressa. Não há convívio ou há um convívio muito limitado.
 
Não se vai a uma festa para que fomos convidados porque depois temos a obrigação  de convidar para nossa casa, aqueles que nos convidaram e isso não convém. Diz o Engº Paulo Vallada, na sua obra “ A UTOPIA Viável”, que antigamente, uma casa levava quatro,  cinco anos a construir, até porque se tinha de economizar e, diferindo a construção  no tempo, tínhamos  mais possibilidades de se conseguir as verbas  necessárias para se consumar tal fim. Hoje, compra-se  uma casa como se compra um  frigorifico ou outro utensílio qualquer e as pessoas metem-se lá dentro e fecham-se, escondem-se, viram a cara para o lado, não querem saber e se encontram um vizinho a subir a  escada, como nunca o viram, desconfiam dele  e, por esse facto, de vizinho passa a gatuno.

Se alguém bate à porta ninguém abre, porque podem ser ladrões e, deixa-se inclusivamente ordens em casa do tipo, se alguém bater à porta não se abre, ouviram!... Dizem os antigos que  nesses outros tempos, dava um certo gozo sonhar a casa, sonhar com a casa, imaginá-la. Depois o esforço necessário para  construí-la, o acompanhamento da obra, tiravam-se fotografias e assim se ia saboreando as diversas fazes da construção. O ex Presidente do Sporting, senhor Sousa Sintra, disse na TV que quando  esteve no Brasil, comprava terrenos  e outros imóveis  numa sala  e  de seguida vendia-os noutra sala contígua, sem ter tido tempo de averiguar ao menos, acerca da existência desses bens imóveis.
A habitação, dantes, era humanizada, era o retracto da pessoa, hoje não é. Claro que isto não é tão linear assim, mas que tinha um pouco disso, lá isso tinha.. Numa habitação humilde, precária até, um homem terá a seu lado um semelhante nas mesmas condições e a função comunicação tem pernas para andar, enquanto num edifício de quinze andares, com elevador, os condóminos passam-se anos e anos que não se vêem. O local onde residem não é uma habitação, mas um espaço que não dispõe de condições humanas de comunicação, onde as pessoas se sentem isoladas  e sozinhas, o que conduz à solidão e pode gerar a  exclusão social.
Falta aqui, entre nós, os  humanos e ditos seres completos e inteligentes, um pouco de solidariedade, ou, se quisermos, utilizemos a expressão do jornalista e  historiador Vasco Pulido Valente, que diz ser  a igualdade o requisito que os portugueses mais reivindicam.
Pode ser que sim, mas duvido que estejamos para aí virados. 
Conto voltar ao assunto porque só se justifica uma crítica quando se oferece uma solução.
E eu ainda não a dei.
 SOUSAFARIAS



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