O último voo do corvo falador
(Mia Couto)
Fala de um pintor Zuzé Paraza que vomitou na praça um corvo. O povo crê que o corvo pode se comunicar com gente que já faleceu. Zuzé não conversava mais, dava consultas. Não prestava favores mais pagava-se pela consulta com o corvo falador. Dona Cândida, uma viúva que logo se casa com Sulemane, vai se consultar. Ela alega que seu marido falecido, Evaristo, não a deixava em paz, quando ela e Sulemane iam namorar, ele tinha estranhos ataques: grunidos, em vez da fala, babas nos lábios, olhos revirados, farejava, engatinhava e se esfregava feito cachorro e depois ia voltando ao normal com uma sede terrível de água. Zuzé perguntara se ela cumprira todas as cerimônias: sacrificar uma cabra, ser lavada em rios palas viúvas, ser cortada na virilha e ter sangrado muito para se purificar. Dona Cândida diz que cumpriu todos os rituais, e assim ele lhe pede que lho traga roupas para o defunto que está com frio, e D.Candida lhe traz as roupas de Sulemane. Numa noite, Sulemane o vê Zuzé vestido com suas roupas e parte para cima, matando assim, o corvo. Zuzé vendo que sulemane iria ter um de seus ataques, intencionalmente diz a todos que Sulemane terá um comportamento como de um animal louco e que depois sentirá muita sede, tal como já acontecia naturalmente com ele na sua casa. Zuzé deixa a aldeia, e todos os aldeões no receio de seguir a maldição.
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