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O Segundo Planeta
(Umberto Colombo e Giuseppe Turani)

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O segundo planeta é um livro da autoria de Umberto Colombo e Giuseppe Turani e pelo título poderíamos imaginar que se trata de ficção cientifica, mas  longe disso, este livro está cada vez mais actual à medida que o tempo vai passando.
O segundo planeta a que os autores se referem  é a forma como vamos receber dentro de poucos anos a duplicação da população mundial   e como conseguir condições de vida aceitáveis para todas essas pessoas.
Actualmente , já estamos a assistir  ao aparente colapso da humanidade , faltam os alimentos, falta a energia, falta trabalho,  enfim ,o mundo já tem mais problemas do que aqueles que consegue resolver. Como vai conseguir lidar com o agravamento dos problemas referidos e o surgimento de outros ?
Para estes autores  a informática e a biotecnologia  serão a resposta aos nossos problemas. A informática  na sociedade e nos processos produtivos é já uma realidade, quanto às biotecnologias, estão um pouco mais atrasadas, mas a dar passos significativos na transformação da agricultura ou da medicina. A par destas  duas  áreas de transformação, os autores consideram a necessidade de mais três revoluções que só serão conseguidas usando a investigação científica e a tecnologia, trata-se de encontrar  novos materiais, novas fontes energéticas e novos espaços fora da terra.
 Contudo, existem riscos  se não houver um controlo  político e social sobre estas poderosas tecnologias  pois, ambas tem uma  duplicidade tecnológica e cientifica  que não pode ser  ignorada. Relativamente aos novos materiais devem ser encontrados materiais mais resistentes, que possam durar mais e para se conseguir isso a reciclagem dos materiais usados neste momento será muito importante, uma vez que os recursos são escassos. Para resolver a escassez de materiais mas também de recursos energéticos, deve-se fazer uma utilização mais eficiente da energia, repensar a arquitectura das nossas cidades e diversificar as fontes de  energia  , incluindo nesse conjunto de novas fontes de energia ,a energia nuclear.
 Um contributo interessante para a futurologia que estes autores fazem nesta obra são as seuintes teorias : a teoria de Cesare  Marchetti, em que ele parte da premissa que o homem é um animal urbano  e por isso construiria  megacidades na terra e sobre o mar , e a energia utilizada seria produzida  em centrais nucleares normais e autofertilizantes ,  alimentadas com o urânio extraído do mar o que seria suficiente para dar energia a 1000 biliões de pessoas durante mil anos .
 Também foi considerada a teoria  de dois investigadores alemães Wolf Häfele e Wolfgang Sassin  que se  baseia na utilização do metanol como veiculo energético e na proliferação de reactores nucleares de forma a que as pessoas continuassem exactamente com o mesmo estilo de vida. A questão que se põe é quem e de que forma seriam defendidas as construções tão estratégicas e importantes para o mundo? Isso não ficou bem claro, pressupõe-se que houvesse uma entidade internacional com poder absoluto de forma a manter a ordem em qualquer situação ou lugar. Finalmente temos a teoria de um físico americano Amory Lovins , a sua  proposta é a utilização de fontes energéticas   inócuas e renováveis em pequenas instalações perto dos consumidores de forma a serem menos  vulneráveis a riscos provenientes de conflitos sociais ou militares. Seria necessário cerca de 50 anos até que estas fontes de energia se pudessem instalar como fontes energéticas exclusivas. Contudo este tipo de sociedade participativa imaginada por Lovins leva  a uma enorme probabilidade de intervenções dos governos para repartir  uma quantidade de energia  centralizada cada vez mais escassa, e isso envolver por um lado uma progressiva redução do poder de decisão dos indivíduos, por outro, um maior controlo das acções e da vida desses indivíduos .
Num esforço de conciliar teorias opostas Colombo e Bernardini apresentaram um estudo à Comunidade Económica Europeia  onde se defende o recurso a  uma mistura de tecnologias e fontes energéticas e a previsão de uma forte redução da actual tendência excessiva para urbanização pois , as grandes cidades são muito custosas do ponto de vista do consumo energético.
 Estas revoluções não vão nunca resolver todos os problemas sociais e políticos , tal como a paz ou a justa distribuição dos recursos , mas pelo menos poderá evitar o caos.
Os autores acreditam que para ver todas estas revoluções serem postas em prática ,para o bem da humanidade, é preciso que haja um mediador que possa conjugar os vários interesses a nível mundial, e esse mediador poderia ser a Europa pois foi o berço de muitas ideologias dominantes no mundo, contribuiu para formar algumas das grandes religiões e  enfim a história fez da Europa o continente mais inclinado à mediação.
Também se deve ter em conta que algumas soluções para resolver os problemas que afectam o mundo podem condicionar muito ao nível económico, politico e social , limitando as margens da evolução da sociedade de amanhã e por isso é necessário procurar soluções que sejam flexíveis de forma a poderem ser ajustadas à medida das necessidades ou até mesmo, se for caso disso, anuladas.
    Finalmente , num paragrafo que tem por título « O mundo fora do mundo»  refere-se a necessidade do homem de alargar fronteiras, de superar os seus limites e de ser possível que a descoberta do espaço iniciada por Gagarine ou Armstrong tenha continuidade e pudesse ser uma solução para a contínua expansão da população, contudo, isso  não será ainda para já .



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