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Formação Econômica do Brasil
(Celso Furtado)

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A Razão do Monopólio  

      Enquanto no Brasil, os frutos financeiros da colonização agrícola abriam novas perspectivas ao uso econômico das novas terras, a Espanha vivia um momento de decadência. Os espanhóis só extraiam metais preciosos. Não se preocupavam em fomentar um intercâmbio entre as suas colônias e a metrópole. Tal descaso colaborou para uma infra-estrutura de transportes precária. A escassez de transportes, por sua vez, elevava os custos com fretes, encarecendo as possibilidades de crescimento do país.
     A política espanhola consistia apenas em extrair metais preciosos e enviá-los para a Metrópole. Neste período, O poder econômico do Estado cresceu bastante. A existência de muito dinheiro em circulação aumentava os gastos públicos. Já os gastos privados eram subsidiados pelo governo. Os desequilíbrios nos mercados monetários e produtivos geravam tanto inflação quanto déficits no balanço de pagamentos.
     De fato, como a Espanha não tinha um setor produtivo eficiente apenas metais precisos, havia muito dinheiro para ser gasto, mas poucos produtos. A pressão sobre a demanda encarecia as mercadorias locais, fazendo com que houvesse uma procura maior por produtos importados. Daí para a bancarrota foi só uma questão de tempo.
      Não houve a criação de uma economia de subsistência no tempo apropriado. As populações indígenas das colônias espanholas obtinham suas manufaturas através do artesanato local.
       Se a Espanha tivesse se preocupado em exportar manufaturas para as suas colônias, estas teriam, por sua vez, criado a necessidade de exportar produtos locais tanto para a metrópole quanto para reexportações, transformando assim suas estruturas arcaicas das economias indígenas, e possibilitando maior penetração de capitais e técnica européia, isto porque produção local tenderia a promover tanto o abastecimento local e quanto o abastecimento externo.
     Agindo desta forma, os espanhóis perderam a oportunidade de produzir açúcar. Suas terras eram de melhor qualidade, mais próximas do mercado, ou seja, da Europa. Possuíam mão de obra barata e tinha um grande potencial financeiro em suas mãos, o ouro extraído das colônias.
     Resumindo, a decadência espanhola contribuiu para o sucesso das colônias portuguesas, por que:
1) A produção era apenas extrativa: extraiam-se metais precisos
2) Não fomentaram a produção interna
3) O aumento das importações gerou déficits comerciais
         Não estimulou as exportações manufatureiras produzidas nas colônias e na metrópole.



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