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1 Heidegger e a Poesia
(Elnora Gondim)

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A pergunta fundamental da filosofia de Heidegger é aquela sobre o sentido do Ser.
Ele é que torna possível a abertura para a compreensão da existência humana e habita a linguagem poética e criadora. 
  O Ser não é um ente, mas um algo responsável pela linguagem; embora se identificando com o nada, ele é e não pode ser compreendido a partir de nenhum ente. Ele é transcendente em relação ao ente.
 C ompreender a filosofia de Heidegger é mudar o sentido da orientação do olhar e da escuta, é fazer uma ligação primeira entre o pensar, o ser, o homem e a linguagem.
 É na poesia que se encontra as mensagens do Ser.  
Hölderlin vive entre o celeste e o terrestre e entre o passado e o futuro. Ele é uma voz que significa uma alerta. Audição é aqui prioridade. Ela nos faz ver o mundo em uma múltipla diversidade interior e os sons permanecem eternamente nos homens. O poema é a morada do poeta ou poeta é a morada do poema. O poema dura para sempre.
Pela poesia  Hölderlin tem uma proximidade com o ser no sentido de uma linguagem mais radical .
Heidegger vê na poesia he Hölderlin a escuta do chamamento do Ser; este poeta é mensageiro do divino, canta a terra, a palavra do Ser e transporta com ele uma proximidade com os deuses e com as coisas fundando o que permanece. Para Heidegger a ciência moderna aniquilou a coisa.
A coisidade da coisa vem sendo aniquilada, permanecendo esquecida. Assim, ficou oculto o sentido e a verdade do Ser dos entes.
Este fato aconteceu na ciência moderna em virtude da herança deixada pela metafísica grega, onde o ente foi tratado como presentidade.
Desde Platão até Kant os entes são tratados como aquilo sobre o que se julga e não como coisas. 
Kant preencheu as colunas que a filosofia grega deixou.
Kant, através de sua revolução copernicana, supriu esta lacuna deixada pelos gregos.
 O modo de acessar os entes recebeu a formulação que paradigmou a época moderna. O ser humano ocupa o centro de tudo e é ele quem imprime as condições de possibilidade para toda experiência possível através das suas formas, de maneira a priori e transcendental.
Heidegger tenta separar a estrutura ontológica da estrutura lógica dos juízos e tem como solução buscar uma articulação do sentido no mundo da vida. A verdade transcendental heideggeriana é o mundo enquanto clareira para o d asein. 
O dasein é condição de possibilidade existencial-ontológica da manifestação dos entes.
Heidegger abandona o logocentrismo kantiano, embora prevalece a sua transcedentalidade. O que ele nega é a centralização da verdade no juízo; nos princípios do entendimento. O que permanece na filosofia de Heidegger é o a priori no sentido de que o   homem é o fundamento existencial – ontológico das descobertas do ente enquanto ente e de todas as suas determinação ônticas.O lugar do juízo passa a ser ocupado pelo mundo vivido e concreto. 
  Quando Heidegger se pergunta “o que é uma coisa” responde de uma forma negativa dizendo: ela não é uma proposição.
A coisa é uma mudança de questionamento e avaliação, porque:
“...O conhecimento da ciência já anulou as coisas, como coisa(...) a coisa, como coisa, virou nada...”.



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