Geografia do Brasil – Nordeste
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
Geografia do Brasil – Nordeste
Ocupa uma região com cerca de 1.500.000 quilômetros quadrados, o equivalente a 18% do território nacional. Ali vivem cerca de 40 milhões de pessoas, ou 28% da população do país. São 9 estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio grande do norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Não é homogênea, existem áreas mais industrializadas, outras com agricultura tradicional e algumas com menor desenvolvimento. A zona da mata é a mais povoada, industrializada e urbanizada. Ocupa área litorânea que vai do Rio Grande do Norte até a Bahia. O clima é tropical-úmido com temperaturas médias elevadas e chuvas contínuas e abundantes, concentradas de março a junho. A vegetação original era a mata atlântica, hoje quase inexistente. Na zona da mata açucareira predominam os latifúndios, que normalmente executam a monocultura açucareira, desde a época colonial. Ao redor de Salvador destacam-se as petroquímicas e contribuem atualmente para cerca de 35% do total do petróleo produzido no Brasil. A zona do cacau ao sul da Bahia (Ilhéus e Itabuna), produz exclusivamente cacau. O sertão é a maior das sub-regiões do nordeste com um clima semi-árido e baixa densidade demográfica. A principal atividade é a pecuária extensiva de corte. O índice pluviométrico é de 300 a 500mm por ano, as secas são periódicas e os rios intermitentes, secam completamente durante alguns meses do ano, exceto o Rio São Francisco. Para amenizar o problema, são construídos açudes, como o Orós, o maior do nordeste, construído no rio Jaguaribe, Ceará. As imagens transmitidas pelos meios de comunicação sobre a seca nordestina são exagerados, dando origem a mitos. As secas ocorrem apenas no sertão, onde vivem uma pequena parcela da população. Na região mais povoada, onde se situam as principais metrópoles, não ocorrem secas e em algumas ocasiões há enchentes. A maioria dos nordestinos migrantes de tal área não o fazem por causa da seca, mas por causa da estrutura fundiária. Na região existe concentração das propriedades agrárias nas mãos de um pequeno número de proprietários. Como dissemos, os meios de comunicação divulgam intensamente os efeitos dramáticos da seca, de tal forma que os grupos dominantes (políticos, fazendeiros e empresários), acabam conseguindo verbas e auxílio do governo. Esses recursos, porém, são utilizados para interesses particulares, ficando de lado as populações pobres, que sofre com a falta d’água. A ocupação humana no nordeste foi inadequada, pois desde a vinda dos colonizadores portugueses, a vegetação foi sendo destruída, o que permitiu o avanço da seca. O governo utiliza recursos para a construção de açudes, porém, a intensa evaporação, torna a água carregada de saia minerais que não evaporam e esses passam para o solo, piorando sua qualidade.
Fonte de pesquisa: Relatório da ONU
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