Amadeus
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‘Amadeus’ é um drama biográfico sobre o relacionamento entre os compositores da corte austríaca, Mozart e Antonio Salieri. Como trata-se de uma obra de ficção, é natural que algumas coisas em particular não correspondam à realidade de como tudo aconteceu, mas no todo a história é interessante.
O filme analisa um traço de personalidade humana que eu classificaria entre os mais sujos: A inveja. Como compositor oficial da Corte, Antonio Salieri não consegue aceitar a existência de alguém com talento incomparável: o versátil gênio precoce, Mozart.
Tamanha frustração o anfurece, a ponto de Salieri se tornar angustiado pelo sofrimento que o abate ante o talento de Mozart. A inveja chega a ficar tão grande que Saliéri dedica-se com todas as suas forças a criar impecilhos ao sucesso do compositor que ele próprio reconhece como infinitamente superior.
Até que ponto a inveja pode ir e afetar o equilíbrio emocional das pessoas é uma questão muito bem colocada no filme.
O desfecho nos leva a muitas reflexões. Não são raras as vezes em que pessoas com muito talento tornam-se alvos de perseguição, críticas injustas e sabotagens, com o mesmo fundo comum: inveja, este sentimento baixo que ignora a percepção de que algumas vezes inveja-se o nada. Toda e qualquer pessoa possui pontos fracos, mesmo as pessoas mais brilhantes os tem. Uma admiração sincera é saudável ao passo que cobiçar o espaço dos outros é doentio, para o prejuízo de todos os envolvidos.
Amadeus, de posse do melhor da música, é um drama muito comovente.
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