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Metodologia de aplicação dos conceitos base de ecologia da paisagem
(Marta Silva)

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Conceitos Base:


Escala: Medida espacial e/ou temporal de um objecto ou processo

Composição: n.º de tipos de manchas representados na paisagem e a sua abundância relativa

Estrutura: é determinada pela composição, configuração e proporção das diferentes manchas ao longo da paisagem

Função: Forma como cada elemento da paisagem interage baseando-se nos eventos do seu ciclo

Heterogeneidade: A distribuição desigual dos objectos ao longo da paisagem

Mancha: Zona relativamente homogénea que difere das restantes em seu redor. È a unidade básica da Paisagem

Matriz: Áreas que rodeiam as manchas, background paisagístico

Corredores: Manchas compridas em que a paisagem é diferente de cada lado

Mosaico: Padrão de manchas, matriz e corredores que formam a paisagem
Estudo de análise da Paisagem

Um estudo de paisagem tem normalmente como início a identificação de uma problemática.

Para a resolução desta problemática terão de ser analisadas as várias componentes da paisagem de forma a estruturar o plano de acção. Assim, primeiro teremos de definir as unidades da paisagem ou componentes ambientais.

Começa-se por se seleccionar as variáveis a utilizar, e fazer o seu inventário.

Estas variáveis são bióticas, abióticas ou humanas.

Dentro das abióticas temos referentes aos solos, como erosão de solos e drenagem de solos; à hidrologia, como a distribuição de cursos de água superficiais e aquíferos, zonas aluvionares, zonas húmidas e caudais; à topografia, como altitude, declive e exposições; à geologia, como a litologia, tipo de solos, idade das rochas, actividade sísmica; e ao clima; como precipitações, temperaturas, humidade, ventos, neve,gelo e geadas, tornados e outras catástrofes e macro e microclimas.

As variáveis bióticas dividem-se nas referentes à flora, como o tipo de flora e habitats; e à fauna, que engloba as diferentes classes de animais (peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos).

Na componente humana temos variáveis como o uso actual do solo; economia, necessidades da comunidade, organização da comunidade, demografia e história.

Após a realização do inventário é necessário definir a estrutura da paisagem, ou seja definir unidades base.

Por sobreposição de usos actuais do solo e informação floristica encontram-se as manchas, corredores e matriz que definem a paisagem. Primeiro definem-se regiões homogéneas classificando-as pelo o seu uso e/ou vegetação. Analisando o padrão geral encontrar-se-ão as diferentes manchas, e a matriz que as rodeia. Existirão também regiões de comunicação – corredores.

Tendo as diferentes regiões definidas pode-se proceder a um diagnóstico descritivo da paisagem, utilizando as diferentes variáveis seleccionadas. Sobrepondo diferentes variáveis (e de forma ponderada) pode-se classificar cada parcela de terreno e ter uma descrição exaustiva da paisagem. Esta classificação é muito importante pois ajuda a definir as potencialidades da paisagem e do uso de solo.

Após a definição das diferentes potencialidades da paisagem é possível desenvolver ideias e planos para um melhor uso e organização da paisagem e incorpora-los em Planos de Ordenamento de Território e PDMs e afins.

No entanto os diferentes planos de ordenamento (sensu lato) têm diferentes níveis de detalhe: Planos municipais ou de pormenor trabalham numa escala mais próxima, enquanto que um Plano Regional de Ordenamento de Território necessita de informação a uma menor escala, para uma maior área. Estas diferenças de escala dos diferentes tipos de planos têm de entrar em conta na escolha de variáveis e posterior integração destas.

Outro ponto importante a ter em conta quando se faz um estudo de paisagem é a sua evolução ao longo do tempo. Para isso é necessário fazer uma análise dinâmica da paisagem: conhecer a sua progressão ao longo dos anos (e possíveis regressões devido a distúrbios) e qual o ponto de equilíbrio, pois será um dos objectivos de um plano de paisagem: ter uma paisagem em equilíbrio. Outro factor a ter em conta é a existência de paisagem relíquia, que uma vez destruídas dificilmente voltarão a existir naquele local.

Uma das melhores formas de apresentar os resultados de uma análise de paisagem é cartografando-a. A representação gráfica permite logo de início ter uma ideia quais são as unidades base da paisagem e como estas diferem ao longo do espaço.

Outra forma de visualização dos resultados em modelos 3D, sejam eles digitais ou maquetas.

A própria integração das variáveis é mais intuitiva através da sobreposição de layers correspondentes às diferentes variáveis. Uma forma de fazer esta integração de variáveis é através de programas de Informação Geográfica, que permite a visualização e criação de novas variáveis derivadas das iniciais, como por exemplo, derivar declives e exposições de uma carta de elevação. Da mesma forma é possível criar regiões semelhantes baseadas nas variáveis e assim definir as diferentes unidades e classifica-las para o uso de solo mais apropriado.

A utilização destas ferramentas não exclui a necessidade de um espírito critico da parte do utilizador para definir os diferentes usos.

Para a definição da paisagem actual, especialmente as manchas, corredores e matriz, a utilização de fotografias aéreas e de sensores espaciais é muito útil. Com uma visão distante do solo, é possível abstrair-se dos detalhes mais pequenos e verificar qual o padrão da paisagem.



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